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Mensagem por mago Sáb Set 07 2013, 08:00

Olá. Sou nova por aqui e depois de ler muitos, muitos posts e de me rever de alguma forma em cada um deles, resolvi também eu juntar-me a vocês. Já passei por depressões major, depressões mais leves, tenho síndrome de pânico e transtorno de ansiedade generalizada. Ao longo de 15 anos (com pausas pelo meio) já tomei muitos antidepressivos desde o velhinho prozac ate aos mais recentes como o Cymbalta, e já tomei também muitos ansioliticos diferentes.
Desde o inicio que fui acompanhada por uma psiquiatra e posso dizer também que já experimentei todo o tipo de terapias desde as mais convencionais como a psicoterapia, passando por reiki, yoga, acupunctura, massagens de relaxamento, tai chi, etc. etc
Neste momento faço psicoterapia, meditação, relaxamento e estou em fase de desmame de medicamentos.
Ao longo destes anos aprendi muita coisa que acho que é aplicável a todos nós que sofremos disto:
- nenhuma terapia é má , porque pode nao resultar connosco, mas ser excelente para outras pessoas
- a medicação por vezes é mesmo necessária (especialmente na depressao) mas nesse caso mais vale que seja um psiquiatra a prescrever do que um clinico geral: um bom psiquiatra conhece melhor este tipo de medicação, evita a prescrição de medicamentos que causem viciação e faz o desmame logo que seja possível.
- a psicoterapia é uma das únicas formas de chegar ao "fundo" do problema. Por vezes é doloroso mas necessário.
- a somatizacão é tramada: luzes, tonturas, dores, suores, taquicardia e muito mais ...Nesta altura o melhor é pensarmos de imediato num local que nos dê muita tranquilidade e "irmos" para lá durante uns minutos enquanto respiramos profundamente.
- tal como noutro tipo de doenças, também nesta parece haver uma predisposição em cada indivíduo. Em qualquer altura da nossa vida e perante acontecimentos mais stressantes podemos voltar a ter estes sintomas. Temos que estar atentos e atacar logo de inicio.
Acima de tudo acho que somos lutadores porque, mesmo que às vezes vamos um bocado ao fundo , lá voltamos outra vez para cima e tentamos melhorar. E muitas vezes sem que os outros se apercebam da terrível luta que esta dentro de nós.


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Mensagem por heavenhell Sáb Set 07 2013, 13:40

É verdade. Eu acredito acima de tudo nas influências do ambiente que nos rodeia. Até pode haver predisposição do individuo, mas a manifestação da doença irá depender do meio em que ele cresce dos estimulos que recebe, se são positivos ou negativos... Quando um bebé nasce pode trazer um grupo de caracteristicas determinadas nos genes, mas é um ser cheio de potencialidades, tudo vai depender como é criado.

Também acho que a principal causa da doença são factores externos, pressões sociais por todos os cantos e acho que por mais psicoterapia que se faça, se não houver mudança no ambiente ou nas coisas que estão na causa do problema não resulta, mais tarde ou mais cedo irá voltar a haver uma recaída porque a causa do problema continua lá. 
E acho muito dificil conseguir perceber quando é que uma pessoa tem mesmo uma doença e por isso precisa de uma cura médica (com medicamentos) ou se não é apenas uma caracteristica da personalidade. Nem toda a gente pode ser extrovertida e alegre, há pessoas que são naturalmente introvertidas e menos alegres com uma personalidade mais depressiva. Será que isso significa que é doente só porque é diferente? A partir de que ponto se pode considerar que a pessoa precisa de ajuda externa? É dificil distinguir entre aquilo que é normal e pertence à pessoa e aquilo que é patológico.

A medicação é um tiro no escuro principalmente porque não se conhece bem as causas da doença, não se conhece o cerebro. Os medicamentos que temos são baseados no escasso conhecimento da ciência actual...Mas o que podemos fazer? É o que temos agora, provavelmente as gerações futuras vão-se rir dos tratamentos que temos agora quando a ciencia evoluir mais e encontrar curas mais eficazes, mas não podemos prever o futuro, a verdade é que as curas que a medicina oferece numa determinada epoca estão sempre limitadas pelo conhecimento cientifico mas é um processo natural a evolução da ciência.
 Tanto pode ser util como não fazer nada, mas são as unicas ferramentas que temos. 

Acho que muitas pessoas que têm estas doenças ficam alertadas para determinadas coisas, para outras realidades, que de outro modo passariam ao lado como passam às pessoas "normais". Penso que no fim, a pessoa acaba com uma mente mais aberta, com maior conhecimento sobre si e o mundo. Mas é um caminho cheio de obstáculos principalmente quando os outros olham para nós como se fossemos malucos, não nos dão credibilidade, têm pena da nossa "condição", quando na verdade se formos a ver somos mais sãos que eles. Muitas vezes pergunto-me: quem são realmente os malucos? Aqueles que reconhecem o problema e tentam a vida toda lidar com ele, ou aqueles que se recusam a reconhecer as suas neuroses e passam a vida toda a reprimi-los com uma filosofia falaciosa só para se sentirem integrados na "normalidade"?

Costumo chamar a este tipo de doenças (não interessa o nome, o nome são só etiquetas, é o que é) "cancro emocional". Os cancros físicos são provocados por uma proliferação anormal e descontrolada de células que fogem aos sistemas de controlo do corpo. Este cancro é devido a uma proliferação anormal de pensamentos negativos e medos que não conseguimos controlar. Os efeitos são em ambos casos negativos e a luta é penosa por igual, excepto que neste caso a luta é solitária porque o resto do mundo não acredita nem percebe, porque nunca viu, não há provas fisicas que se possam ver.

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Mensagem por mago Sáb Set 07 2013, 17:46

É verdade, são verdadeiramente cancros emocionais !
E também estou totalmente de acordo quanto ao facto de nós termos uma melhor percepção de da vida do que "os normais".
Ao longo destes anos o que outros pensam sobre estas doenças foi deixando de me interessar .. No fundo o que interessa é chegar ao fundo de cada um de nós e aprendermos a conhecermos- nos cada vez melhor para nos podermos adaptar aos factores externos.
E ainda bem que houve sempre personalidades mais introvertidas e até depressivas porque deram-nos alguns dos melhores escritores, poetas, músicos, pintores , etc
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Mensagem por heavenhell Sáb Set 07 2013, 19:03

Sim é verdade.

Mas o complexo social em volta da doença é um estigma. Penso sempre duas vezes (ou mais) antes de dizer aos meus colegas e até mesmo família que tomo antidepressivos e calmantes porque a assumpção limitada deles será imediatamente que sou maluca logo não sou credivel. Já para não falar em termos profissionais, evito divulgar isso pois tenho medo que no futuro possa ser usado contra mim em termos de emprego.

Até mesmo os próprios médicos se aproveitam disso em alguns casos. Quando algum paciente se recusa a seguir o tratamento ou ousa a questionar, é imediatamente descartado porque afinal não passa de um maluco, não tem capacidade para controlar a sua vida, nem direito a questionar a autoridade. Há doenças psicologicas graves em que a pessoa perde contacto com a realidade (as chamadas psicoses), mas depressões e ansiedades são consideradas neuroses e na maioria dos casos as pessoas precisam de alguém que lhes mostre que são capazes de reconstruir a sua vida, não precisam de alguém que lhes passe um atestado de incapacidade.

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