Não consigo largar dos remédios... alprazolam

Bom dia. Ando muito chateada por sentir TODOS OS DIAS um mal estar geral como faltas de ar, dores de cabeça fortíssimas, muita fadiga, taquicardia, etc.. Tomo paroxetina 20 mg e alprazolam 1 mg por dia. Já cheguei a tomar doses mais altas. Tenho ansiedade desde os 16 anos. Hoje tenho 36. Queria muito me livrar dos remédios, principalmente do alprazolam, mas toda vez que tomo meio, sinto diversos sintomas. Às vezes tenho que recorrer a 1,5 por dia pra consguir passar o dia. Aí não consigo parar pois os sintomas são muito fortes e não me deixam em paz.
Tive um período sem crises. Mas há 6 anos larguei o emprego e só fico em casa sendo sustentada pela minha mãe. Consigo fazer bem poucas coisas na vida. Até menti pro médico dizendo que estava bem, que estava melhor pra ele diminuir a paroxetina. Acho que quem nunca teve uma crise de ansiedade e de pânico, ou sintomas diários que vão te deixando depressivo por achar que nunca vai sarar, voltar a ter a vida de antes, não tem como avaliar a extensão do sofrimento mental que é viver assim. Tenho medo de falar a verdade, dizer que sofro e aumentarem as doses de remédios que são caros. Os médicos aqui em Curitiba (Brasil) que me consultei são péssimos.

Olá,
Infelizmente é verdade, só quem passa por isso sabe o que é...
Como já tomas há muitos anos vai ser difícil largar, mas tudo é possível. Tenta em vez de metade passa para 3/4. Os médicos só sabem resolver os problemas com medicação , nós também contribuimos para isso porque no início achamos que há sempre um medicamento qualquer que cure, como existe para a maioria das doenças, o que parece não existir para este tipo de doenças. Ainda por cima os medicamentos que existem provocam efeitos secundários semelhantes (ou piores) aos que já sentiamos...
Força hás-de conseguir ultrapassar, o importante é não desistir.

É verdade, meu amigo. Tô tendo que ter paciência, aceitar o fato. Procurando além dos remédios, refúgio na oração. Mas confesso que é frustrante você ter vivido bem durante um tempo, conhecer como é a vida lá fora sem ansiedade, sem medo e depois se ver incapacitada, dependendo de remédios, com a mente aflita com o futuro. Já passei por vários vexames por passar mal em bancos, mercados, na casa dos outros. Antigamente, quando eu não sabia do que se tratava, ia parar em proto-socorros por diversas vezes. Dos meus 36 anos, passei mais tempo doente do que saudável. Pelo menos na parte mental. Teve uma época que tinha medo de comer e fiquei dois anos anos só tomando líquidos. Tinha medo de a comida entalar na garganta embora nos exames não diagnosticasse nada. Mas sentia um incômodo na garganta, como se tivesse alguma coisa bloqueando a passagem da comida. E tinha medo de me afogar. Às vezes acho que deveria tomar doses maiores de alprazolam. Passei por diversos psiquiatras e alguns não quiseram ficar com meu caso me indicando outros, pr ser muito complicado. Já tentei terapias, psicólogos, floral de bach, homeopatia. Tudo em vão. Ou como já disseram pra mim, pode ser de origem espiritual.
A nossa mente dá um nó, e assim vou seguindo, com dores de cabeça, enjoos, taquicardias, dor e ardência no peito e até despersonalização durante as crises. Medo de morrer, medo do morrer sofrendo...

Também passei pelo mesmo. Tomava esse todos os dias assim como outros por largos anos. Com o desmame não consegui largar. Um dia andava pela net em foruns a ver o que outras pessoas diziam de como tinham conseguido deixar. 99% diziam que não tinham conseguido ou tinham conseguido por pouco tempo em que contavam histórias sem fim quando de repente puxo o rato para baixo e leio um comentário de uma pessoa que me salvou a vida e só dizia slgo do género 'eu consegui, porque em mim mando eu e mais ninguém'. Que estas palavras deste desconhecido te dêem a luz e a força que a mim me deram para também o conseguir fazer. Muita paz *

E todos os sintomas que descrevem também passei por eles. Mas quanto pior me sentia mais me lembrava da frase wue tinha lido. Em mim mando eu e mais ninguém! E ao lango do tempo, assim como o corpo se tinha acostumado a viver com eles, foi-se acostumando a viver sem eles. Hoje fazem ZERO falta.
Que nunca vos falte a força e a coragem, porque em vocês e no vosso corpo só vocês mandam!