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ANSIEDADE E TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
2 participantes
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ANSIEDADE E TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
Olá, pessoal!
Sou novo aqui. Acabei de me registar.
Andei à procura de um fórum onde pudesse obter mais algumas informações, partilhar as minhas experiências e também ajudar alguém.
Tenho 23 anos, sou do sexo masculino.
Há cerca de três anos, após um acumular de episódios, que contemplam uma infância "agitada" e tantas outras coisas, foi-me diagnosticada uma depressão. "Explodi" na altura em que entrei para a faculdade.
Nessa altura, a ansiedade que sempre me acompanhara, alterou-se e tomou conta de mim. A ansiedade, a tristeza, a angústia, a falta de vontade de viver. (vou tentar, para já, não me alongar muito). Foi-me receitada paroxina, tendo-me dado mal com a mesma. Entretanto, mudaram-me a medicação para o escitalopram (Cipralex), enquanto fui fazendo psicoterapia.
Por força das circunstâncias, e após conversa com a médica de família na altura, há cerca de ano e meio deixei a medicação - com um desmame mal feito.
Durante o ano passado, a depressão voltou a atacar em força. Continuei a ser seguido pela psicóloga (exceto num período em que a minha vida não mo "permitia" - digo "permitia" pois, jamais, voltarei a descurar a minha saúde seja por que motivo for). Aí, já com outro médico de família (que se revelou ser um excelente profissional e excelente ser humano), tenho vindo a ser bastante acompanhado. Comecei por voltar a tomar escitalopram, com 10 mg diários. Após cerca de mês e meio, tivemos que aumentar a dose para 20 mg. Aí comecei a sentir já algum controlo e algumas diferenças. No entanto, sempre cansado e ainda longe de estar livre do grande bloqueio da ansiedade. Para além do escitalopram, fui sempre complementando com o alprazolam 1 mg de libertação modificada. A dada altura, foi feito um reajuste, e passei a tomar 10 mg de escitalopram e introduzi o Valdoxan.
Neste momento, sinto, relativamente à depressão notáveis melhoras. No entanto, sinto-me ainda bastante deprimido, (embora, felizmente, neste momento, tenha forças para tentar contornar os sintomas) mas incrivelmente ansioso. É, digamos que, meio cíclico. Neste momento, ando alterado: super ansioso e a deixar-me vencer pelo TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo - pensamentos "estúpidos" que me levam a fazer repetições de verificação, de cruzamentos d pernas, de verificações no trabalho... sei lá. A minha vida é o TOC. Quando tenho maior energia mental, consigo, dentro do que me apercebo, contornar estes comportamentos.
Mas o trabalho, a vida... Enfim. Sinto-me "perseguido" por más energias, maus pensamentos, não sei.
Por incrível que pareça, e mesmo tendo, aqui, feito a minha "máscara" cair, considero-me até uma pessoa positiva.
Basicamente, para além da apresentação que faço, procuro debater um pouco a questão do TOC: defesas e métodos para o contornar.
Enfim... um desabafo no meio de tanta coisa. Depois de dias de angústia, soube bem este bocadinho
Obrigado a todos!
Sou novo aqui. Acabei de me registar.
Andei à procura de um fórum onde pudesse obter mais algumas informações, partilhar as minhas experiências e também ajudar alguém.
Tenho 23 anos, sou do sexo masculino.
Há cerca de três anos, após um acumular de episódios, que contemplam uma infância "agitada" e tantas outras coisas, foi-me diagnosticada uma depressão. "Explodi" na altura em que entrei para a faculdade.
Nessa altura, a ansiedade que sempre me acompanhara, alterou-se e tomou conta de mim. A ansiedade, a tristeza, a angústia, a falta de vontade de viver. (vou tentar, para já, não me alongar muito). Foi-me receitada paroxina, tendo-me dado mal com a mesma. Entretanto, mudaram-me a medicação para o escitalopram (Cipralex), enquanto fui fazendo psicoterapia.
Por força das circunstâncias, e após conversa com a médica de família na altura, há cerca de ano e meio deixei a medicação - com um desmame mal feito.
Durante o ano passado, a depressão voltou a atacar em força. Continuei a ser seguido pela psicóloga (exceto num período em que a minha vida não mo "permitia" - digo "permitia" pois, jamais, voltarei a descurar a minha saúde seja por que motivo for). Aí, já com outro médico de família (que se revelou ser um excelente profissional e excelente ser humano), tenho vindo a ser bastante acompanhado. Comecei por voltar a tomar escitalopram, com 10 mg diários. Após cerca de mês e meio, tivemos que aumentar a dose para 20 mg. Aí comecei a sentir já algum controlo e algumas diferenças. No entanto, sempre cansado e ainda longe de estar livre do grande bloqueio da ansiedade. Para além do escitalopram, fui sempre complementando com o alprazolam 1 mg de libertação modificada. A dada altura, foi feito um reajuste, e passei a tomar 10 mg de escitalopram e introduzi o Valdoxan.
Neste momento, sinto, relativamente à depressão notáveis melhoras. No entanto, sinto-me ainda bastante deprimido, (embora, felizmente, neste momento, tenha forças para tentar contornar os sintomas) mas incrivelmente ansioso. É, digamos que, meio cíclico. Neste momento, ando alterado: super ansioso e a deixar-me vencer pelo TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo - pensamentos "estúpidos" que me levam a fazer repetições de verificação, de cruzamentos d pernas, de verificações no trabalho... sei lá. A minha vida é o TOC. Quando tenho maior energia mental, consigo, dentro do que me apercebo, contornar estes comportamentos.
Mas o trabalho, a vida... Enfim. Sinto-me "perseguido" por más energias, maus pensamentos, não sei.
Por incrível que pareça, e mesmo tendo, aqui, feito a minha "máscara" cair, considero-me até uma pessoa positiva.
Basicamente, para além da apresentação que faço, procuro debater um pouco a questão do TOC: defesas e métodos para o contornar.
Enfim... um desabafo no meio de tanta coisa. Depois de dias de angústia, soube bem este bocadinho
Obrigado a todos!
dbuddy- Mensagens : 5
Reputação : 0
Data de inscrição : 29/02/2016
Re: ANSIEDADE E TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
Olá dbuddy,
Passei na mesma idade por algo semelhante ao que relatas. Penso que chegou a hora - já que conseguiste estabilizar o teu corpo, os teus horários de sono - de trabalhares a tua mente, as ideias, os conceitos que levas na tua vida. Boa literatura e cinema de qualidade ajudam. Os medicamentos são apenas uma muleta para o teu trabalho interior que tem que ser feito. A depressão penso que é um período de mudança, de quebra ao qual temos que dar uma resposta. Vive-a como uma experiência da qual podes retirar ensinamentos para viver. É a experiência mais íntima - ou pelo menos uma das experiências - da fragilidade humana. Ajuda, penso, tentarmos sair de nós mesmos, das nossas preocupações, vermos quão pequenas são no conjunto geral do mundo. Mas esse ensinamento ou aprendizagem vem de dentro. Não sei se a minha mensagem ajudou
Passei na mesma idade por algo semelhante ao que relatas. Penso que chegou a hora - já que conseguiste estabilizar o teu corpo, os teus horários de sono - de trabalhares a tua mente, as ideias, os conceitos que levas na tua vida. Boa literatura e cinema de qualidade ajudam. Os medicamentos são apenas uma muleta para o teu trabalho interior que tem que ser feito. A depressão penso que é um período de mudança, de quebra ao qual temos que dar uma resposta. Vive-a como uma experiência da qual podes retirar ensinamentos para viver. É a experiência mais íntima - ou pelo menos uma das experiências - da fragilidade humana. Ajuda, penso, tentarmos sair de nós mesmos, das nossas preocupações, vermos quão pequenas são no conjunto geral do mundo. Mas esse ensinamento ou aprendizagem vem de dentro. Não sei se a minha mensagem ajudou
MariaLaura- Mensagens : 37
Reputação : 15
Data de inscrição : 09/09/2015
Re: ANSIEDADE E TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
Olá, MariaLaura
Obrigado pela tua resposta. Concordo com o que dizes. Realmente, só vivendo de perto com uma depressão (nossa ou de alguém próximo), conseguimos ter uma boa noção do que ela é.
Aproveito, desde há muito, para evoluir mental e espiritualmente. Considero-me uma pessoa bem desenvolvida nesses aspetos e bastante conhecedora de mim próprio. No entanto - e à semelhança do que acontece com a depressão, penso de mais e, muitas vezes, não consigo lidar com toda a informação paralela que percorre a minha mente.
Quanto à literatura... bem, essa não é minha grande amiga, embora seja de línguas cinema sim mas é preciso ter cuidado com o que vejo. Transporto tudo para pensamentos (muitas vezes de uma má maneira, ligada à ansiedade).
Os medicamentos... tentei resistir, daí o desmame mal feito. A minha vontade de os largar era imensa, já que nem sequer queria ter começado a tomá-los. Vivo com situações de pessoas próximas controladas por medicação e sempre tentei ser bom conhecedor, bem como um bom suporte para essas pessoas. Nestas alturas, e quando nos toca a nós, nem sempre o nosso conhecimento é devidamente usado para auto-ajuda.
Desculpa MariaLaura, hoje não estou muito inspirado de tão cansado
DBuddy
Obrigado pela tua resposta. Concordo com o que dizes. Realmente, só vivendo de perto com uma depressão (nossa ou de alguém próximo), conseguimos ter uma boa noção do que ela é.
Aproveito, desde há muito, para evoluir mental e espiritualmente. Considero-me uma pessoa bem desenvolvida nesses aspetos e bastante conhecedora de mim próprio. No entanto - e à semelhança do que acontece com a depressão, penso de mais e, muitas vezes, não consigo lidar com toda a informação paralela que percorre a minha mente.
Quanto à literatura... bem, essa não é minha grande amiga, embora seja de línguas cinema sim mas é preciso ter cuidado com o que vejo. Transporto tudo para pensamentos (muitas vezes de uma má maneira, ligada à ansiedade).
Os medicamentos... tentei resistir, daí o desmame mal feito. A minha vontade de os largar era imensa, já que nem sequer queria ter começado a tomá-los. Vivo com situações de pessoas próximas controladas por medicação e sempre tentei ser bom conhecedor, bem como um bom suporte para essas pessoas. Nestas alturas, e quando nos toca a nós, nem sempre o nosso conhecimento é devidamente usado para auto-ajuda.
Desculpa MariaLaura, hoje não estou muito inspirado de tão cansado
DBuddy
MariaLaura escreveu:Olá dbuddy,
Passei na mesma idade por algo semelhante ao que relatas. Penso que chegou a hora - já que conseguiste estabilizar o teu corpo, os teus horários de sono - de trabalhares a tua mente, as ideias, os conceitos que levas na tua vida. Boa literatura e cinema de qualidade ajudam. Os medicamentos são apenas uma muleta para o teu trabalho interior que tem que ser feito. A depressão penso que é um período de mudança, de quebra ao qual temos que dar uma resposta. Vive-a como uma experiência da qual podes retirar ensinamentos para viver. É a experiência mais íntima - ou pelo menos uma das experiências - da fragilidade humana. Ajuda, penso, tentarmos sair de nós mesmos, das nossas preocupações, vermos quão pequenas são no conjunto geral do mundo. Mas esse ensinamento ou aprendizagem vem de dentro. Não sei se a minha mensagem ajudou
dbuddy- Mensagens : 5
Reputação : 0
Data de inscrição : 29/02/2016
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