Troca da PAROXETINA por VALDOXAN

Há quatro anos tomava Paroxetina devido a uma crise de síndrome do pânico. A mais ou menos 1 mês e meio fui a um psiquiatra para fazer o desmame da Paroxetina, e para minha surpresa, ela receitou Valdoxan e retirou totalmente a Paroxetina. Nas primeiras duas semanas senti sintomas da descontinuação (tontura, ansiedade extrema, sudorese...), mas dei uma melhorada da terceira para a quarta semana. Agora estou na sexta semana e as crises vieram piores do que antes da paroxetina. Será se isso é efeito somente da descontinuação? Ou será se são efeitos colaterais do Valdoxan? Já tinha tentado largar duas vezes a paroxetina, mas não obtive sucesso, pois os sintomas eram muitos fortes. Agora estou com os mesmos sintomas, e estou tratando somente com o Valdoxan. Já marquei o retorno com a médica, pois não sei se esse desmame brusco foi acertado. Desde o começo do tratamento, sempre deixei de lado os ansiolíticos. Nesses 4 anos tratando o transtorno de ansiedade nunca precisei de tarja preta. Mas agora os sintomas estão mais fortes e não sei se vou conseguir me controlar ao ponto do Valdoxan fazer efeito. Alguém já passou por isso? Os sintomas acabam em em quantos meses? Somente o Senhor Jesus para nos confortar.

Olá Casr!
Quando te sentires estável para começares a descontinuação, retiras 10% a cada 3 a 4 semanas, usas uma lâmina para retirares essa porção. Deves utilizar uma balança de precisão que está à venda no Amazon:
http://www.amazon.co.uk/SODIAL-Portable-Milligram-Digital-0-001g/dp/B00H8KTTMK/ref=sr_1_75?ie=UTF8&qid=1406565814&sr=8-75&keywords=gram+scales

O desmame tem que ser um processo lento, muito lento, para que os sintomas da descontinuação não sejam fortes!

Vítor, estou há um mês e meio sem tomar Paroxetina, meu tratamento está sendo somente com o Valdoxan. Entretanto, os sintomas estão deveras fortes, mas não quero voltar a tomar paroxetina, já que passei 45 dias sem ela. Queria saber se alguém já teve sucesso com o Valdoxan, pois sei que a Paroxetina faz efeito, mas é uma droga muito forte de largar e eu não quero jogar meus 45 dias de abstinência fora.

Não sou médico! Todas as informações prestadas sobre desmames têm como base uma experiência pessoal com antidepressivos e ansiolíticos e não substituem as recomendações dadas por pessoal qualificado!(Psiquiatra ou Médico de Família)

O valdoxan não vai cobrir os efeitos de abstinência da paroxetina. Talvez seja melhor dares um passo atrás para dares dois em frente.

Brick escreveu:O valdoxan não vai cobrir os efeitos de abstinência da paroxetina. Talvez seja melhor dares um passo atrás para dares dois em frente.

Brick, tu achas que tenho que aguentar esses efeitos e não voltar para a paroxetina? Eu tbm não quero voltar a tomá-la, afinal foram quatro anos de "dependência". Já estou há 45 dias em abstinência do Cloridato de Paroxetina, estou tentando aguentar ao máximo, mesmo que eu tenha que tomar algum ansiolítico. A minha dúvida é se o Valdoxan fará efeito nesse tratamento de transtorno do pânico. Acredito que a psiquiatra trocou a Paroxetina pelo Valdoxan pelo fato deste último ser mais fácil de desmamar. Na última consulta, fui determinado a desmamar a paroxetina, mas a médica trocou a medicação de imediato. O engraçado é que o término do tratamento é muito mais difícil, mas vou conseguir. Valeu pela ajuda.


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Não foi nada disso que eu disse.

O que eu queria dizer é que na minha opinião devias voltar a tomar a paroxetina e fazer o desmame de forma lenta e devolver o valdoxan na farmácia pois não serve de nada.

Brick escreveu:Não foi nada disso que eu disse.

O que eu queria dizer é que na minha opinião devias voltar a tomar a paroxetina e fazer o desmame de forma lenta e devolver o valdoxan na farmácia pois não serve de nada.

Calma, Brick. Entendi sua opinião somente agora. Realmente estou num dilema grande de voltar para paroxetina. Vejo que tem pessoas que não aguentam ficar sem tomá-la nem durante 2 dias e eu já estou há 45 dias sem ela. Ademais, eu larguei de tomar uma dose de 20mg (diária) da noite para o dia, e comecei o tratamento com Valdoxan. Destarte, vou tentar aguentar o máximo dos sintomas. Acredito que todos nós somos vencedores em Cristo Jesus e creio que temos um poder de autocontrole inimaginável, pois distúrbios da mente são piores do que qualquer dor física.

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Voltei à médica e ela continuou com o tratamento com o Valdoxan 25mg. Ela ratificou o que a maioria já falou em tópicos anteriores: os sintomas que estou sentindo são devidos à abstinência da paroxetina (droga forte). Assim, ela receitou Rivrotril (clonazepam) 0,25mg sublingual como SOS e Rivrotril (clonazepam) 0,5mg - comprimido - antes de dormir. Estou percebendo que os sintomas melhoram minimamente a cada dia, mas estou sendo determinado, porquanto os sintomas da descontinuação são incrivelmente fortes. Mas estou tentando ser forte. Agradeço pelos posts, Brick.

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Não é fácil! Tens de ser mesmo muito forte! As melhoras!

Obrigado, Brick. E mais um dia de trabalho se foi e eu não precisei do Rivotril 0,25mg sublingual (Graças a Deus). Estou tentando ao máximo suportar esses sintomas da descontinuação, afinal, uma hora eles vão ter que sumir. Não posso ter medo do medo! Acredito que todos nós temos que "gritar" para o nosso subconsciente que SOMOS FORTES, que somos capazes de superar isso, pois quanto mais fraquejarmos, mais esse fantasma (ansiedade crônica) se agigantará e tomará conta da gente. Lutar contra qualquer transtorno de ansiedade ou depressão é lutar contra nós mesmos. É superar os nossos limites. Minha força maior vem do Senhor Jesus e acredito que sairei dessa com certeza.

Obs: Copiei sua assinatura, Brick. Valeu.

Praticamente dois meses sem paroxetina. Estou sobrevivendo. Os sintomas diminuem pouco a cada dia, mas chego lá. Esse Valdoxan parece um placebo. rsrs... Mas paroxetina nunca mais. Estou mantendo só 1mg de Clonazepam antes de dormir juntamente com o Valdoxan. Estou fazendo psicoterapia para fechar o tratamento. Percebo que o efeito da abstinência é quase incontrolável nas primeiras semanas. O mais importante é a DETERMINAÇÃO de não querer mais tomar nenhuma droga. Estou confiante.