Psicologia e Psiquiatria
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Mensagem por SeedAdão Sex Ago 31 2012, 04:04

Este é também o meu post de apresentação sunny

Não acredito que alguém leia isto até ao fim Cool

Olá a todos os colegas que por aqui andam (os que já li, os que vou ler no futuro e aqueles que apenas me vão ler).

É dificil começar porque é impossível contar-vos tudo e mesmo um resumo da estória completa obrigaria a um testamento ainda maior que este What a Face que creio que ninguém acabaria por ler na totalidade. Erro meu, que nunca procurei "ajuda" e já o devia ter feito logo em 2005-2007 (ou talvez até antes). Agora é já uma encruzilhada tal que nem sei por onde começar.... Neutral

Como poderão ler nem todo o relato está directamente ligado com ansiedade e/ou pânico mas uma boa parte está e a outra parte também tem relação ainda que indirecta.

Eu diria que a minha situação é extremamente complexa, porém não quero fazê-lo pois sentir-me-ia egoísta, já que suponho que a maioria dos que por aqui participam podem dizer precisamente o mesmo, tal como qualquer "cliente" de psicologia/psiquiatria.

Ainda assim acho que não faz sentido abordar só um tema ou só uma fase, pelo que vou tentar fazer um resumo de um resumo, ainda assim vai sair bem grande, mas só lê quem quer, até porque mesmo que ninguém leia a mim dá-me jeito ter isto escrito. Nem que seja para eu ler mais tarde... Wink

Começo em 2007, o que está para trás será seguramente importante, mas deixo para depois caso alguém esteja curioso em saber como foi a minha vida antes de 2007.

Portanto, foi em 2007, aos 28 anos, que tive o meu primeiro ataque de pânico (ou pelo menos assim o identifico). A parte boa é que foi o primeiro de apenas dois, já que daí em diante sempre estive na fronteira que separa a ansiedade extrema do ataque propriamente dito, mas sempre consegui evitar chegar ao ataque de pânico, ainda que alguns episódios tenham sido tanto ou mais dolorosos que os próprios ataques de pânico. A vida não andava nada fácil por aqui, tanto em termos profissionais como em termos sociais e de relação com família e namorada. Mesmo em termos de saúde as coisas já andavam complicadas, mas disso falarei mais à frente. Por tudo isto e porque num outro país obviamente conseguiria melhorar boa parte do que por aqui me corria mal, decidi juntar algum dinheiro e tentar uma aventura no estrangeiro. Tenho um bom nível em termos de idiomas a Inglês e Espanhol (ou Castellano, como prefiram) mas na língua do país para onde pretendia ir tinha apenas algumas noções, pelo que optei pela estratégia de lá ir fazer um curso de Verão, sobre a língua e cultura do país e, findo o curso, ficar por lá um mês para encontrar emprego, casa, tratar de papeladas, etc. O dinheiro que levei comigo não me permitia ficar lá muito mais que esse mês. Portanto, entre o curso e o tempo que lá passei depois do curso, estive lá uns 2 meses.

E já lá vão 5 anos... parece que foi ontem Crying or Very sad

Creio que alguns já estarão a imaginar que não consegui emprego e por isso voltei deprimido, mas não foi assim tão simples... Acontece que tudo correu pelo melhor mas "a minha psique" não me deixou lá ficar. Ou seja, consegui casa a um preço aceitável num bom local e com bom aspecto, consegui emprego no local onde mais queria (em part-time, mas ainda assim ganhando 1200 euros por mês e tendo a hipótese de encontrar outro part-time para complementar e assim ultrapassar a barreira dos 2 mil euros, que já permitiria juntar algum), até vim a saber que tinha por lá um casal amigo, portugueses, com quem de vez em quando me podia encontrar para matar um pouco a solidão. Tudo isto muito bonito, mas a verdade é que me fui abaixo. Na altura não vi a situação dessa forma mas hoje em dia sei que terei tido algum tipo de depressão. Se há vários níveis de depressão, o meu provavelmente até seria dos mais suaves, digo eu, já que foi basicamente caracterizada por uma nostalgia que de um dia para o outro se instalou e a ideia de deixar toda a minha vida para trás entranhou-se no meu pensamento de tal forma que o menor estímulo que me levasse a pensar em algo meu, cá em Portugal, me trazia a lágrima ao olho e até o tal sentimento de sufoco.

Ai, como é bom recordar... Twisted Evil

Ainda assim acho que isto não é nada de tão despropositado assim, já que é muito semelhante à morte, em que perdemos tudo o que nos identifica. Eu levava-me a mim, mas tudo o que deixava em Portugal era parte de mim e ia ficar para trás. No caso da morte é igual, mas com acréscimo do facto de o "eu" também deixar de existir. Ou seja, ia existir um "eu" mas noutra realidade, em tudo diferente, em grande parte para melhor, mas a minha "condição psicológica" traíu-me. Afinal, no fundo, todo o emigrante passa por isto, em diferentes graus de intensidade, dependendo da pessoa, mas era algo que eu devia ter conseguido ultrapassar. Claro que alguns que emigram com companhia de familiares, namorada(o)/conjuge, com amigos, etc, podem ver amenizado este sentimento que me assolou.

E pronto, tudo isto para dizer que não aguentei ver-me a chorar pelos cantos e ao 2º ou 3º dia de atrofio lá fui eu reservar o bilhete de volta. Ou seja, isto aconteceu mesmo só depois de ter casa e emprego encaminhados, no fundo desde o momento em que o "ficar lá" se tornou uma realidade concretizável desde que eu a quisesse concretizar. É certo que nos 50 dias que já lá tinha andado a coisa já não andava propriamente famosa, mas só foi mesmo abaixo no momento em que tudo passou a depender da minha vontade.

Voltei. Como a pessoa que me queria dar emprego tinha ficado com grandes expectativas em relação a mim disse-lhe que possivelmente voltaria para lá e que caso assim fosse entraria em contacto com ele. Mas cá no fundo sabia que isso nunca iria acontecer, pelo medo de cair no mesmo fado ao 3º dia.

Mas pronto, voltei, em "grande forma" como podem imaginar Embarassed valeu o matar de saudades da namorada, amigos e animal de estimação, bem como da própria casa e lugar onde vivo. Da família não trouxe grandes saudades, afinal nessa altura a família não me chamava muito à atenção Evil or Very Mad Mas vá lá, vou-me descair, mesmo por falar ao telefone com família, no outro país e já nos dias em que tinha ido abaixo, também deixei verter umas quantas lágrimas, algumas por motivos menos louváveis, mas outras também pelo facto de uma decisão no sentido de lá ficar me afastar deles quase definitivamente, em especial daqueles a que já pouca vida lhes resta/restava.

Fora esse "matar de saudades", tudo era negro e sombrio. Sim, tinha 28 anos e encontrava-me num dilema que é mais "normal" aos 20-25 anos. A mentalidade da sociedade portuguesa repugnáva-me, a perspectiva de encontrar um emprego compatível comigo era muito baixa, voltar para o outro país tinha o (alto) risco de trazer tudo volta e por vários motivos não me podia dar ao luxo de repetir a façanha.

Sempre fui (pelo menos até essa altura) um gajo muito pouco preocupado comigo e com a minha saúde e bem estar geral, pelo desde os 18 anos de idade assumi com alguma regularidade certos comportamentos de risco, abusei imenso do alcool e fumei 1-2 maços de tabaco por dia durante 7 anos. Em puto, tive durante anos esse "fetiche", o de praticar uma vida doentia. Hoje vivo-a em todo o seu explendor. Mas isto para dizer que a minha propensão para o comportamento de risco subiu um nível depois do meu regresso a Portugal. Andar de festa em festa, com drogas à mistura, pode ser muito bonito para o adulto equilibrado, mas certamente não o será para quem anda de depressão nas mãos.

A juntar a isso uma discussão com os meus pais, que ainda recordo tão bem, eu dizia-lhes que a ficar por cá até nem me importava de me sujeitar a algum emprego menos compatível comigo, mas que a ser assim preferia começar a trabalhar em part-time e consoante me adaptasse melhor ou pior, poderia mais tarde eventualmente passar a tempo inteiro. Vamos lá, um gajo gosta de ter tempo, todos nós gostamos e por uma questão quase ideológica considero que obrigar a trabalhar 40 horas por semana é roubar meia-vida às pessoas (hoje faço aquilo que gosto, sou eu que escolho quanto trabalho e trabalho muito mais que isso, mas pronto). Isto para dizer que os meus pais não concordaram com a estória do part-time e eu não compreendi a incompreensão deles para comigo, discutimos e degradou-se bastante a nossa relação naquela fase.

Também discuti com a minha namorada, segundo me lembro por motivos praticamente triviais, ainda que outras discussões também já haviam surgido entretanto (eram muito frequentes), mas depois dessa discussão com a minha namorada é que ficaram criadas todas as condições para disfrutar do meu primeiro ataque de pânico (ou ataque de ansiedade??).

Bem, agora que me lembro bem de como foi tudo... No Foi um filme que nem vos passa pela cabeça. Bem gostava de contar, mas isto já vai longo e ainda não cheguei a lado nenhum, com tudo o que ainda falta... muita coisa terá que ficar por contar.

Então, por motivos que ficam por contar, numa tarde por volta das 15h começo a sentir uma sensação estranha na cabeça (no cérebro, vamos lá). Algo como tonturas, mas mais como perda de consciência, de sobriedade, era como se a nossa consciência quando acordados fosse de 100% e eu só estivesse a 50% de consciência. Sentei-me no sofá e comecei a ficar nervoso. A partir daí não havia grande volta a dar, digo eu agora ao olhar para trás, claro, porque na altura não fazia ideia. Foi um sufoco, comecei a prever que existiam algumas hipóteses de desmaiar ou algo do género e tomei a decisão (sensata, julgo) de sair para a rua, pois como estava sozinho em casa se caísse para o lado não teria ninguém para me ajudar. Na rua alguém me via e chamava uma ambulância. Além disso andar e respirar ar (relativamente) puro também teria tendência a ajudar. Assim, fiz. E na minha opinião andei uma boa meia hora em ataque de pânico/ansiedade, com pico nos primeiros 10 minutos em casa, mas também em alta depois ao andar pela rua. Felizmente não tive psicose associada, eu acho que vi as cores mais vivas na rua, a certo ponto pareceu-me que as pessoas estavam a olhar para mim, mas coisa muito suave, não deixei esta realidade em nenhum momento e lembro-me de todos os momentos. Despersonalização também não acompanhou o episódio ou, se o fez, foi também coisa muito leve.

Estando na rua, todo ansioso, telefonei à minha namorada e como ela estava a sair do trabalho fui na direcção de um local onde nos podíamos encontrar e voltar então juntos para casa. Eu já lhe tinha telefonado entretando, quando ainda estava em casa, e já lhe tinha dito que estava mal, hehe, mas dando a entender que estava mal de outro problema de saúde que tenho e que me deixa "mal" com frequência, mas disso também posso falar depois. Encontrei-a, voltámos para casa e contei-lhe as coisas conforme se passaram. Ela normalmente não acredita muito em mim quando me queixo de algum problema de saúde e duvidou um bocado da minha conversa, em especial da parte que não cheguei a contar-vos aqui. Eu, pessoalmente, não estava convencido que tivesse sido um ataque de pânico ou de ansiedade, ou pelo menos não isoladamente. Estava convencido que era outra coisa, a tal coisa que não vos contei mas que em consequência dela eu poderia ter sofrido algum tipo de dano cerebral e ser esse dano cerebral que me tinha provocado as tonturas e quebra no estado de alerta, a tal quebra na consciência. E depois ao sentir isso, pelo medo de o sentir, aí sim, ter-se-ia instalado o estado de ansiedade. E ainda hoje penso que foi isto que aconteceu, mas não creio que alguém acredite na minha história, daí que me abstenha de contá-la...

Posto isto decidi que tinha que ouvir a opinião de algum médico. Opção sensata, ainda hoje estou convencido disso, quando nos acontece algo de tamanha dimensão e que não conhecemos, gostamos de ao menos descartar alguns cenários e tal. Esperei 4 horas no hospital, obviamente na triagem recebi a pulseira com a côr menos urgente, tudo para ser atendido por um médico no meio de um corredor do hospital, em que o médico ouviu 20 segundos da minha queixa e interrompeu-me perguntando: "É hipocondíaco?"; ao que respondi: "Se sou é a primeira vez que se manifesta"; e ele pergunta: "Mas sabe o que é [a hipocondría]?"; e eu digo: "Sim, sei bem o que é, mas há 8 anos que não entro num hospital, raramente me queixo de alguma coisa, creio que não sou hipocondríaco". Estendeu-me a mão, para um aperto de mão... e assim foi, apertámos a mão e pôs-me a andar, hehehe...

Ainda hoje acho isto uma cena do mais caricato Laughing É que eu até considerei a possibilidade de ter ficado hipocondríaco naquele dia. Ou seja, de não o ser e de nunca ter dado sinais disso, mas de estar-me a queixar, naquele dia, de algo fictício, o que poderia ser um sinal do início de um problema de hipocondría. Mas vamos lá... isto não é assim, se o médico achou que eu estava a tender para o hipocondríaco o mínimo que se lhe exigia era que me tivesse dito: "amigo, marque uma consulta com um psicólogo/psiquiatra)". Ele simplestemente não me podia deixar sair dali sem ao menos me dizer isso, eu tinha acabado de viver talvez o dia mais assustador da minha vida, causado factualmente por problemas de saúde, fossem de saúde psicológica ou física, mas de saúde eram de certeza, procuro um profissional de saúde que é pago para me prestar auxílio, espero 4 horas, e calha-me este diálogo de 20 segundos? Razz Neh... se calhar tive mesmo psicose também e isto não foi real tongue

Quatro dias depois tive o meu segundo "ataque", já não me lembro se foi mais difícil que o primeiro, creio que terão sido semelhantes, talvez o segundo tenha custado menos por já não ser novidade, mas no entanto talvez tenha causado mais preocupação por ser o afirmar de uma tendência: a partir dali podería repetir-se constantemente, com maior ou menor frequência, mas o expectável seria a repetição a espaços.

Depois disso fui a um médico privado, de medicina geral, só mesmo para ter uma opinião e descartar possibilidades mais básicas e fáceis de descartar. Lá me fez meia-dúzia de testes e segundo ele não tinha nada de grave. Disse-me para descansar e tomar umas vitaminas. Também não me aconselhou consulta com psicólogo/psiquiatra.

Bom, isto tudo para não deixar de partilhar convosco um pouco dos meus 2 ataques de ansiedade ou pânico. A partir daí tenho vivido muitas situações complicadas que me deixam com a ansiedade em alta, com um grande sufoco, que já me têm provocado reacções extremamente bizarras, mas o ataque de pânico em si conforme tive no inicio não voltei a ter mais. Esteve perto várias vezes, mas não chegou àquele ponto.

Devo dizer-vos que o problema que mais me "desgasta" hoje em dia é um problema de saúde. A convivência com a minha namorada também tem momentos de grande "choque" que me desgastam também muito, mas estou convencido que o meu problema de saúde é que me está "prender" neste momento. De resto não tenho mais razões de queixa da vida que levo. Socialmente, com a família, com o emprego, etc, está tudo bem. Talvez só mesmo a forma como o ser humano está a destruir o planeta e a si próprio me "desgaste" também um pouco... e se calhar todos estes "desgastes" até podem estar interligados, mas quero acreditar que com a saúde que tinha aqui há 10 anos tudo sería muito mais fácil de tolerar.

Passo a informar sobre o meu problema, que até pode ser causado pelo problema com a ansiedade e gostava da vossa opinião em relação a isso. Tenho desde 2006, mais ou menos, mas totalmente instalado desde finais de 2007, um problema a que chamo um problema de "estômago" ainda que não faça ideia se efectivamente é um problema de estômago, até porque todos os exames que já fiz indicam que não. Posso dizer-vos que dos 365 dias do ano só devem haver unos 65 em que posso dizer que estou bem. Dos outros 300 dias, em 100 deles estou aceitavelmente, em 100 deles estou mal e nos outros 100 dias estou muito mal. Muito mal é acordar 3 horas antes da hora a que costumo acordar, a vomitar sangue e a bilis, em "seco", ou seja, sem nada mais. Quando já não há bilis fico ali a fazer o gesto técnico do vómito, sem vomitar nada, apenas a cuspir sangue. Depois passo o dia em agonia. Para terem uma ideia, aquela sensação que uma pessoa tem nos instantes antes de vomitar (por enjoo de viagem, de comida estragada, etc), essa sensação horrível está presente em mim em cerca de 10 horas das 24 horas desses 100 dias por ano. Estar "apenas" mal, outros 100 dias por ano, é sentir o mesmo mas menos intenso, só que ainda assim muito incapacitante. Em média uns 3 dias por semana acordo a vomitar conforme relato acima. Tudo isto me deprime e me deixa bastante ansioso.

Depois passo o dia cheio de apetite e vontade de comer, mas não consigo comer nada daquilo que me apetece comer. Chá quente, ainda me cai aceitavelmente bem, mesmo quando estou nos piores dias mesmo custando ainda o bebo e assim me hidrato minimamente. Sopas também costumam cair bem, por isso como todos os dias 1 ou 2. Comidas mais secas e bebidas frescas em geral, incluindo água, estragam tudo. E o pior é que me apetece mesmo muito beber, nem que pudesse beber só água, nada mais, porque sabe-me incrivelmente bem, provavelmente por não a poder beber na quantidade que gostaría. Custa muito em dias quentes de Verão só conseguir beber 50ml de água (sim, escrevi bem, 50ml). E tem que ser aos poucos, porque se bebo tudo de uma só vez é logo vomitado em seguida. Sumos de frutos igual, daí que comer fruta também é praticamente proibido, só em dias que estou bem, que serão como disse uns 65 dias por ano, que dá uns 5 ou 6 dias por mês. Nos 100 dias em que estou "apenas" mal também consigo comer fruta, mas só alguns tipos de fruta. De resto não dá. E mesmo comendo fruta e o que mais seja, tenho uma sensação estranha de que a comida não é adequadamente absorvida pelo organismo. Como mas fico a sentir-me igual, apenas com diferença da sensação estranha de ter que estar a lidar com aquela comida no estômago.

Para além disso, o facto de não conseguir beber líquidos suficientes, mais em concreto água, não permite em minha opinião que o fígado funcione decentemente e liberte as toxinas que deve libertar. Isto em minha opinião vai sobrecarregar outras partes do corpo com toxinas e onde creio que o noto mais é no cérebro. Não são dores de cabeça, é mais uma sensação de grande desconforto que provoca algumas tonturas. É triste, mas é assim...

Há 6 anos que não fumo tabaco por causa disto, vejam lá, hehehe. E se hoje fumasse meio cigarro acho que ficava uma semana enjoado e a vomitar. Alcool bebo muito pouco, se fizesse uma média acho que ia dar uma cerveja por semana. Se me virem a beber alcool é porque estou num dos 30 melhores dias do ano pirat

O meu peso "normal", ou seja, o meu peso entre os 18 e os 24 anos sempre andou entre os 60 e os 65kg. Tenho 174cm. Tenho-me pesado quase todos os dias desde há um ano e sempre entre os 48,5kg (nunca abaixo) e os 51,5kg (nunca acima). Ainda não tenho um aspecto óbvio de doente para quem me vê na rua, mas já falta muito pouco.

Apesar disto ter começado em 2005-2006, como disse atrás, só em 2008 é que fui pela primeira vez a um gastroenterologista. O que acresce à negação da ideia do médico que me atendeu no hospital, conforme expliquei uns parágrafos acima, aquando do primeiro episódio de ataque de ansiedade/pânico. Haverá algum hipocondríaco que passe 2 anos a vomitar sangue pela manhã ficando enjoado todo o dia que não procure um médico durante esses 2 anos? Eu, aliás, sempre fui mais ao contrário, tive vários problemas que justificavam uma ida ao médico e nunca fui. Acho que dos 5 anos até aos 27 só fui uma vez ao médico. E, à segunda, perguntam-me se sou hipocondríaco bom Mas continuemos...

Portanto, fui a 2 gastroenterologistas. Com o primeiro (em 2008) fiz vários exames e análises, o mais marcante uma endoscopia (2 minutos de tubo desde a boca até ao estômago), sendo que o resultado dos exames e dos testes que o próprio gastroenterologista me fez indicaram que eu e o meu estõmago estamos ambos de perfeita saúde. Receitou-me vários medicamentos, a ver se algum tinha resultados positivos, detesto medicamentos de farmácia, mas tomei todos na esperança de que me ajudassem. Nenhum ajudou, alguns até pioravam a situação. Eu sabia que não era do médico, mas "o pessoal" insistiu e arranjaram-me consulta com um dos melhores do país, em Lisboa. Umas 4 consultas (em 2009-2010), todos os exames repetidos, e mais alguns, mas a mesma conclusão: "Jovem, ainda és novo, aproveita a vida e esquece-te disso" bom

Escusado será dizer que em todos os momentos (e ainda hoje) suspeito que a origem do problema pode ser psicológica, ou seja, ansiedade que o corpo de alguma forma "dirige" para o sistema digestivo e que de alguma forma me provoca todos estes sintomas. Possivelmente eu serei uma pessoa tão saudável que a ansiedade só me conseguiu "pegar" pelo estômago. Ou algo assim. O que acham? A ansiedade poderia por si provocar um mau funcionamento num órgão relacionado com a digestão, provocando por sua vez estes sintomas?

Sabem aquela sensação com que se fica às vezes depois de uma hora de muito stress? Em que nem conseguimos comer e é preferível esperar que passe um pouco o stress? O que eu sinto é um pouco parecido com isso, mas com nausea ao mesmo tempo, pelo que pode estar relacionado com o sistema nervoso.

Até porque nos dias em que estou com os enjoos em alta, a ansiedade dispára. Penso que é por o corpo ficar fraco. Até ao comer, o enjoo que sinto e a dificuldade em "receber" e manter a comida no estômogo logo no pós-refeição são sempre acompanhados de uma sensação de ansiedade crescente, muito sentida ao nível do cérebro e em simultâneo com uma sensação de falta de energia. Já pensei que tanto pode ser a ansiedade que origina os problemas de estômago como ser o contrário e, infelizmente, ainda nenhum médico me ajudou a chegar a uma conclusão.

Mas continuando...

Tenho a acrescentar que este segundo gastroenterologista, na penúltima consulta, passou-me uma requesição para uma endoscopia com biópsia (3 biópsias). Ou seja, o mesmo tubo da boca até ao estômago, mas um pouquinho mais demorado porque desta vez no meio da viagem vão aproveitar para me "arrancar" um bocado de carne da parte superior do intestino, um bocado de carne do estômago e outro do esófago. Já prevendo que o resultado seria mais uma vez "tudo normal", recusei-me na altura a fazer a endoscopia.

Porém, uns 5 meses depois da penúltima consulta com este médico, decidi tomar algo que ele me tinha dado também para tomar e que eu tinha deixado para experimentar depois. Um "simples" anti-histamíco de farmácia (não sei se posso dizer o nome de uma marca aqui). Isto porque nas análises ao sangue tenho sempre tudo normal excepto a % de eosinófilos, em que o normal é entre 1 e 4% mas eu tenho sempre entre 8 e 12%. Isto indica, segundo os médicos, uma reacção alérgica do organismo. E entre 8 e 12% é uma forte reacção alérgica, pelo que percebi. Então, ao tomar o anti-histamínico em Abril de 2010 senti grandes melhorias. Note-se que o tomei pela primeira vez numa tarde e nessa mesma noite senti-me com coragem de comer chocolate (algo que muito raramente consigo comer), tendo conseguido comer uma quantidade bastante relevante. Claro que pensei que no dia seguinte ia acordar destroçado, mas acontece que não, acordei relativamente bem. No dia seguinte tomei outro comprimido e lembro de à noite estar felicíssimo pensando que com sorte tinha encontrado a solução ou, pelo menos, tinha chegado à conclusão de que o problema era de origem alérgica e que com a ajuda de um alergologista poderia tratar ou pelo menos atenuar os sintomas. Até podia ser coincidência e ter calhado logo naqueles dias estar tipo num dos melhores 5 dias do ano, mas a noção de que os anti-histamínicos estavam a fazer alguma coisa era por demais evidente.

Já nem me lembro muito bem mas acho que passei umas 3 semanas muito boas. Não totalmente livre dos sintomas desagradáveis, mas quase. Sendo que ficava a ideia de que os comprimidos ajudavam mas não resolviam, como era normal desde logo. O problema foi que passadas essas 3 semanas comecei a sentir palpitações e/ou arritmias, causadas pelos anti-histamínicos com 90% de certeza, sendo que os médicos que consultei entretanto e a quem falei nisto concordam que é bastante provável. Ao que parece é um efeito secundário usual dos anti-histamínicos, ou pelo menos de alguns. Dependerá também de pessoa para pessoa, certamente.

Bom, aquilo continuou e chegou a um ponto em que me preocupava já muito mais que os próprios enjoos, que são muito mais chatos mas a eles já eu estava habituado e as palpitações e/ou arritmias às vezes tomavam proporções que me assustavam bastante... Portanto decidi deixar de tomar os comprimidos. Fiquei um pouco melhor mas depois os "problemas" com o coração voltaram e acompanharam-me durante todo o Verão de 2010 e até Outubro. Só aí me passou e, claro, nunca mais tive coragem de tomar aquele anti-histamínico.

Entretanto marquei consulta com uma alergologista (hospital privado) que na primeira consulta se demonstrou imensamente interessada e preocupada com a situação, mas que na segunda consulta me deu razões para lá não mais voltar. Creio que o normal nestas consultas são os habituais 20-30 minutos de consulta, mas a paciente que entrou antes de mim esteve lá mais de uma hora. Coisa que por si só a mim não me chateou muito, quem estava visivelmente chateada com a situação era a senhora Dra, até porque eu fui chamado e ao entrar no consultório ainda lá estava a paciente anterior à porta a dizer coisas e a fazer perguntas e a recepcionista praticamente a empurrá-la dali para fora enquanto a Dra demonstrava uma cara de insatisfação total com a situação.

Ora, atendeu-me para despachar. Não só para despachar, foi rude e mal educada. Eu percebi desde logo que era para despachar, não havia problema, mas à primeira pergunta que lhe fiz nem lhe fiz mais nenhuma. É que como ela é alergologista e na altura eu estava acima de tudo preocupado com os "problemas" no coração, perguntei-lhe se não poderia haver alguma interligação entre a alergia e os sintomas cardíacos. E ela, em resposta, com cara de indignada, pediu-me para não a fazer perder tempo com perguntas sem sentido. Portanto, despachámos a consulta rapidinho e não tivemos que nos voltar a aturar.

Com as análises que me mandou fazer fiquei ainda a saber que sou alérgico de nível intermédio aos ácaros do pó da casa e ao pêlo do gato. Tenho um gato e como trabalho a partir de casa passo muito tempo ao pé do gato. Pode ser isso que me causa os elevados eosinófilos, mas já cheguei a passar um mês de férias, longe do gato, e não foi por isso que me senti muito menos enjoado... Só se é algo que só sai do sangue/organismo a médio-longo prazo.

No entanto eu estava decidido a não desistir por ali, é que andava mesmo muito mal naquela altura, tão mal quanto estou agora mas com o acréscimo da preocupação cardíaca, que era mesmo muito incómoda e preocupante. Assim, até em função dos resultados de análises ao sangue que esta alergologista também me mandou fazer em que os (ou as concentrações de) eosinófilos apareciam novamente bastante altos, estava cada vez mais óbvio que o próximo passo era mesmo a endoscopia com biópsias para determinar através das biópsias o nível de concentração de eosinófilos nas diferentes partes do aparelho digestivo (intestino, estômago e esófago). Isto porque existe uma condição patológica denominada de gastrite eosinófilica, com sintomatologia em boa parte semelhante à de que me queixo.

Investi e desta vez fui fazer a um hospital privado, pagando 250 euros em vez dos 10 euros que paguei da primeira vez, mas evitando um ambiente ao bom estilo da 2ª guerra mundial em que enquanto se espera se ouvem pessoas a gritar que nem porcos numa matança e em que mais tarde somos nós o porco a quem numa sala velha e feia nos enfiam um tubo largo e de aspecto bastante arcaico pela goela abaixo. E fiz bem, no privado o hospital parecia quase um hotel, tudo limpo e novo. Não sou muito picuinhas mas quando toca a enfiar algo pela garganta abaixo e cortar pedaços do nosso interior acho que vale sempre a pena abrir os cordões à bolsa.

Resultado... O mesmo de sempre, tudo normal, sou uma pessoa muito, mas muito saudável. E tenho mesmo que ser, para aguentar isto... Só mesmo com muita saúde Rolling Eyes

A única coisa que fugiu um pouco aos padrões foi uma quantidade excessiva de ácidos (amarelos) no estômago (será bilis?), que a Dra que fez a endoscopia assim que enfiou o tubo fez logo esse comentário: muito ácido no estômago. Até se vê mas fotos que vêm no relatório, a cores.

Lá está, este forum é sobre ansiedade/pânico,etc, e grande parte do meu problema é relatado sem a abordar directamente, mas acreditem que tudo isto é acompanhado de muita ansiedade com episódios bastante drásticos de quando em vez. E de qualquer forma, tal como disse, só lê quem quer... E se vos parecer que isto está mal aqui basta mover ou apagar, eu vou guardar o texto num ficheiro para possível utilização futura, portanto não tem problema nenhum se quiserem apagar. Mas quem já leu até aqui pode continuar a ler que muito em breve agora no final volto a abordar mais o tema da ansiedade.

Ora, o facto de não haver indicação de uma concentração de eosinófilos no estômago ao ponto de se poder desconfiar de uma gastrite eosinófilica não invalida que a mesma não possa existir. Segundo conversa com outros médicos, já depois de fazer esta endoscopia, foi-me dito que se eu "tirar" sangue todos os dias durante uma semana, possivelmente haverá um dia em que os eosinófilos estão dentro dos padrões normais, um dia em que estão ligeiramente acima, noutro dia já podem estar muito acima, etc, etc, e que portanto pode ter acontecido que no dia em que eu fiz a endoscopia os eosinófilos estavam, porque a casualidade assim o determinou, baixos. Aliás, caso haja uma correlação directa que me diga que nos dias em que estou mais enjoado o número de eosinófilos no sangue é maior torna-se ainda mais evidente que no dia da endoscopia tinha efectivamente os eosinófilos "baixos" já que nesse dia lembro-me bem que até nem estava muito enjoado, recordo que saí da endoscopia com apetite, vontade e capacidade para comer uma boa refeição, o que é raro para mim depois de tantas horas de jejum quantas as a que obrigam as endoscopias.

Portanto, se estava num dia bom, com os eosinófilos "baixos", é natural que as amostras recolhidas pelas biópsias não indicassem gastrite eosinófilica.

Como os médicos quando se deparam com algo que não é normal tendem a desistir, acabei por ter eu também que desistir deles. Eu estou clinicamente perfeito. Porém há algo que, ainda que estando bem, não funciona bem e isso faz-me sentir na maior parte do tempo como explico no início deste texto. E é que nem é por uma questão de dinheiro, porque algum deles podia dizer: "isso é alguma coisa mais rara e que se pode tentar investigar a fundo, mas terás que ser internado x dias e/ou fazer x exames/tratamentos, que custam X euros". Nada disto, simplesmente não há resposta, o que significa que das duas uma: Ou acreditam que os sintomas de que o doente se queixa são reais e que efectivamente está a sofrer, não fazendo tudo por um doente, o que vai contra aquilo que lhes é ensinado nos cursos de medicina, ou que pelo menos vai "um pouco" contra a ética da profissão; Ou então estão convencidos (porque se auto-convenceram) que o doente está a exagerar e pode muito bem viver com aquilo, o que também não me parece de todo ético e que, em minha opinião, devia levar os médicos a sugerirem apoio psicológico, uma vez que estão convencidos de que esse é o problema e, portanto, éticamente deveriam estar obrigados a passar essa informação, tão vital, ao doente.

As minhas desculpas por estar a utilizar o vosso forum para criticar negativamente uma classe, quando sabemos perfeitamente que também não podemos generalizar e que seguramente que há profissionais que se regem por outros princípios. Terei tido apenas pouca sorte. Deverei desistir?

Bom, mas não desisti, mudei um pouco de direcção e fui para a homeopatia. Até agora já me "enganaram" duas vezes, hehehe, por duas ocasiões nos dias após tomar o que me foi receitado, senti francas melhoras e das duas vezes cheguei a pensar que estava "curado", ou antes, estava a sentir-me muito melhor. Esqueci-me de dizer no início que, sendo muito raro, acontece por vezes eu estar durante 10 ou 15 dias de seguida aceitavelmente bem, ou notóriamente melhor que o normal. E penso que terá sido uma coincidência dessas ou então os "remédios" ajudaram mesmo mas apenas a curto prazo. Como a segunda vez que isto aconteceu foi há bem pouco tempo, espero ainda voltar a esta homeopata para ver o que ela acha da hipótese de algum dos "remédios" me ter feito bem mas só durante 10 ou 15 dias. Pode ser que por aí a coisa vá lá, confio muito na mulher, tenho a certeza que se a minha condição fosse algo mais "normal" ela já tinha conseguido ajudar-me significativamente. Mas assim, compreendo que não seja fácil, como já tentei muita coisa e nem diagnóstico, nem cura, nem atenuante...

E se chegarmos a um ponto em que vejo que a homeopatia também não me consegue ajudar, mudo para outra área ou mudo de homeopata. Tão depressa não volto à medicina "convencional", só mesmo talvez para pedir um antihistamínico de outra marca para ver se consigo obter a parte positiva sem afectar o coração, mas quando me lembro das palpitações/arritmias fico logo de pé atrás.

De momento é isto que me provoca 70% da ansiedade que sinto na pele e que me leva muitas vezes a certos picos mesmo muito desagradáveis. Dos outros 30%, vão 15% para o facto de vivermos num mundo em que os mais medrosos, ignorantes e cobardes chegam a posições de poder mais fácilmente precisamente por passarem por um escrutínio em que são seleccionados pela sua (fraca) personalidade e que isso está a destruir tudo. E vão os outros 15% para a forma como a minha namorada muitas vezes lida comigo, que acaba por contribuir para acentuar a ansiedade com que já normalmente me encontro. É assim mais ou menos. Claro que faltava encaixar mais 3 ou 4% para os stresses do trabalho, mas isso não é significativo. Aliás, se não fosse mesmo a questão do estômago acho que ia ter forças para lidar com o resto de maneira muito menos ansiosa/dolorosa.

Tem sido muito difícil viver com isto e penso que isto me cria (ou acentua) depressão. Eu que nunca fui invejoso e hoje vejo-me com inveja de quem no calor do Verão pode beber meio litro de água durante uma tarde... e de quem pode comer, beber, fumar... É que não fumaria, mas desde a minha condição olhar para alguém que consegue fumar é perceber o quão afectado estou. Se eu estivesse em condições de fumar um cigarro nem imagino quão bem me sentiria em comparação ao que sinto agora. É mais ou menos por aí, não é assim lá muito fácil de explicar. Mas claro que se um dia me curasse não voltaria a fumar tabaco. Sabe mal, faz mal e não bate.

Bom, provavelmente bati o record do post de apresentação mais longo drunken Se alguém leu tudo, até aqui, isso sim é que é de louvar, não é para qualquer um, que isto chega ali a um ponto em que se torna aborrecido e atrofia um pouco a cabeça do leitor.

Portanto, eis a questão:

Devo ir a um psicólogo?

A um psiquiatra?

Ou acham que devo insistir em tratar/atenuar/diagnosticar o problema "digestivo"?


Eu acho que já devia ter ido a um psicólogo tipo há meia dúzia de anos atrás, mas agora como isto está, tão centrado no estômago, fico na dúvida se um psicólogo me pode ajudar. Uma coisa é certa, estou num estado de fraqueza física e psicológica que me faz tremer com qualquer acontecimento mais significante que ocorra. Há certas coisas que podem acontecer a qualquer momento na vida de uma pessoa para as quais eu não me sinto psicológicamente preparado e se calhar com a ajuda de um psicólogo poderia preparar-me melhor, sei lá... O que acham?

Como vos disse sou um gajo muito saudável. Se não fosse não teria conseguido tolerar isto durante estes cerca de 6 anos. É o que vale rabbit

Bom, fiquem bem, abraços!

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Mensagem por Laura Sex Ago 31 2012, 13:58

Olá,

Li o teu texto do início ao fim. E emocionei-me Smile Identifiquei-me com muitas das passagens do teu texto (acho que todos nós, à sua maneira).

Parabéns, és sem dúvida uma pessoa muito forte e corajosa.

Acho que devias tentar a psicoterapia, quem sabe? : ) Comigo resultou, mas também fiz um grande investimento...de anos, mas progredi e muito.

Se quiseres conversar, avisa ou manda uma msg por aqui. Terei todo o gosto.

Força!

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Mensagem por JCPVO Sex Ago 31 2012, 14:34

sim sem duvida, faço das palavras da Laura minhas, (se me permites Laura), hehehe

Muita forçaa
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Mensagem por Laura Sex Ago 31 2012, 14:47

Ora essa! Wink

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Mensagem por Tremelix Sáb Set 01 2012, 17:43

Ohpa, tudo isso que sentes, sinto eu também...(excepto o sangue)...de resto é igual. Na Psiquiatria gastei 2200 contos (não euros mas contos) e fiquei ainda pior. Quando ando mal dos fígados fico com um grande mau estar geral, especialmente confusão e carola zonza, fraqueza geral, nauseas, etc. Mas como e bebo (água) e fumo nem que esteja com o estômago em chamas...
Abraço e as melhoras!
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Mensagem por zeta Sáb Set 01 2012, 21:36

Depois de ler o teu post todo(que foi dificil,mas li!) concordo que quem está a passar o que tu passas não pode mesmo estar minimamente feliz...nem um bom copo de água podes beber???È horrivel, mas eu entendo ,porque um dos meus primeiros sintomas de depressão é o enjoo, e realmente enjoada só bebo água aos golos ,tipo humedecer a boca...mas comigo não há o minimo apetite,porque associaio ao recxeio de ficar emjoada e depois deitar fora...daí não arrisco e prefiro viver no jejum...Nesta fase não é isto que eu sinto.Senti há 2 anos aquando uma depressão,mas tratei,felizmente com uma neurologista que resolveu em 8 a 9 meses e tudo se desvaneceu, embora de vez em quando ,em fases menos positivas da minha vida tenha uma pequena recaida, mas não deixo colar e sigo em frente,e claro que não nada intenso como aquando a depressão.

E como tu fiz "n" de exames para ver a causa dos meus enjoos, da minha falta de apetite e como estava sempre tudo bem ,mas eu sentia-me mal fiz o que se deve fazer resolvi como disse atrás.

Por isso acho que deves consultar um bom neurologista que ao mesmo tempo seja amigo e psicologo(que era o casa d minha) e te medique com anti depressivo para eliminar esses sintomas horriveis, porque vomitar é mesmo horrivel, e sangue, deve ser muito pior...eu acho que me tornaria hipocondriaca pois detesto sangue!!!

DE onde és? se fores perto de Guimarães ou Porto a minha neurologista pode consultar-te, e digo te já não é nada exploradora...

Boa sorte!que bem precisas....
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