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Opinião sobre o meu caso (Acho que tenho depressão)

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Opinião sobre o meu caso (Acho que tenho depressão) Empty Opinião sobre o meu caso (Acho que tenho depressão)

Mensagem por Erica 0A0S Qua Dez 02 2015, 16:24

Gente eu vou colocar um texto bem longo, e quero a opinião de vocês que se tratam, gostaria de saber o que acham do meu caso, se realmente é uma depressão ou não.
Sei que o correto é procurar um profissional mas me sinto mais a vontade me expressando com outras pessoas para ver o que acham do meu caso.

Tenho 24 anos. Os meus sintomas de depressiva começaram quando eu tinha 12 anos.

Eu ganhei peso muito rapidamente (pesava cerca de 68kg), tanto que meu pediatra falou que se eu engordasse um pouquinho mais ele me diagnosticaria com começo de obesidade infantil, dormia muito, mais de 12h/dia, me distanciava dos meus amigos na escola, passava os meses de férias escolares trancada em casa, ficava todo este tempo sem ver ninguém, fora o hábito de trocar o dia pela noite.
Não tinha mais cuidado nem com a minha higiene pessoal, escovas os dentes, pentear os cabelos e não me importava de ficar mais de dois dias sem tomar banho.
Nessa época eu tinha pensamentos suicidas, acredito que essa foi a pior fase.

A minha mãe reparou isso, e mandou para psicologa, eu era uma adolescente mais querendo parecer rebelde, acredito que o fato de não ter exposto meus sintomas e ter largado o tratamento com poucas consultas fizeram com que a psicologa não pudesse chegar a uma conclusão sobre mim.
(Pode parecer exagero da minha parte, mas também não gostava da psicologa, inclusive, detestava ela, ela tinha um gente muito artificial) rs

Minha mãe também não me ajudou muito, lembro-me de uma vez que ela disse que se eu não me tratasse terminaria louca, internada num hospício.

Na fase dos 15 aos 18 anosas coisas melhoraram, eu voltei a emagrecer bruscamente (com aproximadamente 53 kg), recuperei a vaidade, e "criei" um pouco mais de ânimo.

Porém quando terminei o ensino médio em 2009, parece que o fato das coisas não serem tão fáceis tanto quanto achei que seriam, e a pressão da minha mãe para eu começar a trabalhar (enquanto eu queria fazer cursinho para tentar entrar em faculdade pública) fizeram aos poucos essa possível doença voltar.

Eu já larguei dois empregos bons para me dedicar ao vestibular, sempre de forma mal sucedida, esse ano eu estudei de mais e mesmo assim, final do ano tive um desempenho pior do que nos vestibulares do que quando os fiz meio do ano (acho que o fato de eu ter ficado nervosa ajudou, claro!)

Teve uma época que acredito que estava bipolar (foi logo após fazer a 2ª fase da Fuvest e não ter sido aprovada), eu ficava limpando a casa (tipo um TOC eu acho), não conseguia ver nada sujo! Eu demorei para entender isso e começar a trabalhar minha personalidade e mudar essas coisas.

Nessa mesma época eu estava muito carente e brigando demais com a minha mãe, vi o quanto estava sozinha, sem ninguém para conversar mesmo, acabei arrumando uma amizade abusiva que consegui distanciar da minha vida (eu me oferecia para pagar as coisas dessa pessoa e essa "amiga" vendo que eu estava completamente sozinha começou a se aproveitar disso).

Eu saia todos os dias para estudar, ia à biblioteca, mas eu não me organizei bem em relação aos meus estudos, parece que eu ia para a biblioteca estudar mais para "fugir de casa" e do meu relacionamento conturbado com a minha mãe.
O pior, é que eu minto (o que me fez pensar que tenho mitomania também), pois já disse para várias pessoas que já entrei na faculdade, o que é uma completa mentira, e para piorar me afasto das pessoas pois tenho vergonha da pessoa que me tornei.

Eu praticamente não tenho ninguém, tenho apenas aquelas amigos que vejo anualmente dos quais eu prefiro nem ver pois eu menti para eles dizendo que entrei na faculdade.
Nestes últimos dois anos sinto meu coração as vezes um pouco acelerado, acredito que eu esteja bem mais ansiosa, e fico com a respiração um pouco ofegante.

Eu sou insistente, tenho vontade de mudar, tenho uma bateria parada há anos que não toco e também insisto no meu sonho de entrar nunca boa universidade.
Eu sinto que talvez seja essa doença que esteja me atrapalhando muito, trabalho muito para não ser uma pessoa negativa, diminui muito minhas brigas com a minha mãe, e me controlo quando vejo ela falando mal de mim, pois sei que é da personalidade dela fazer isso com as pessoas, não querendo sujar a imagem dela mas devido a depressão ela se tornou uma pessoa muito amargurada, que usa nomes ruins quando quer sujar a imagem da pessoa, sempre ressaltando os aspectos negativos.
E pior, é que eu estava ficando que nem ela, mas hoje, tento de ser tolerante com ela, eu quero me tornar uma pessoa melhor.

Agradeço de coração a quem responder esta minha mensagem e me der um auxilio dizendo se eu realmente pareço ter depressão, ou se sou apenas uma "paty mimada" rs  Razz

Beijos.
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Mensagem por RafaelMoreira Qua Dez 02 2015, 16:39

Érica, receio que o seu depoimento demonstra, de facto, um quadro depressivo.

Mas, para melhor poder compreendê-la, diga-me:

Houve algum evento traumático na sua infância que considera ter despoletado essa sua auto-aversão?

Era uma criança alegre e enquadrada na escola primária, como todas as outras crianças, ou nessa altura já tinha pensamentos confusos e emoções negativas acerca de si?

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Mensagem por Erica 0A0S Qua Dez 02 2015, 16:58

Bom Rafael eu só lembro de duas coisas que tiveram um destaque nessa fase, uma foi uma cirurgia e outra foi um assédio de um namorado da minha irmã, mas não sei se vão ser de grande importância.

Eu me achava bem sociável e tranquila no primário, foi somente depois da quinta série,  eu sofri uma fratura no braço direito e tive que passar por uma cirurgia, não foi nada muitoooo grave, mas tive que colocar platina e fui orientada a ficar um mês em casa, depois dessa época eu percebi que comecei a ficar menos sociável e mais relaxada com a minha aparência.
Logo que chegaram as férias de verão eu fiquei completamente isolada, fiquei os dois meses de férias sem ver ninguém praticamente.

Ainda quando eu estava na 5ª série, pouco antes dessa fratura, eu sofri um assédio do meu cunhado, ele me mostrou imagens eróticas e me contou das  experiências sexuais dele, isso foi bem desagradável e ainda foi na frente da minha irmã que não fez nada, alguns meses depois eu tomei consciência de que aquilo era errado e parei de falar com ele.
Na verdade eu era uma menina bem bonita, era frequentemente assediada por alguns vizinhos e amigos dos meus pais, mas eram somente verbal mesmo. O que extrapolou os limites, foi o namorado (hoje marido) da minha irmã.

Talvez essas más experiências estejam ligadas ao fato de eu nunca ter conseguido me relacionar com ninguém até hoje.

Obrigada pela atenção
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Mensagem por RafaelMoreira Qua Dez 02 2015, 17:42

Obrigado por me ter dado informação relevante acerca de si, Érica.

Agora, eis o que sabemos, por ordem cronológica:
-Você foi assediada por uma pessoa que pertence ao contexto da sua família. Nesse incidente, a sua irmã, em quem você supostamente podia confiar, traíu a sua confiança e actuou como cúmplice passivo de quem estava a assediá-la.

Depois,

-Fraturou o braço e ficou um mês em casa a recuperar. Durante esse período, não muito distante do incidente do assédio, perdeu o aprumo e a preocupação com a sua aparência e ainda perdeu a vontade e a capacidade de interagir e socializar. Aprendeu a isolar-se e a partir desse momento, é-lhe cada vez mais difícil integrar-se num meio social e encetar relacionamentos afectivos. O único relacionamento afectivo que ainda tem, é com a sua mãe e é conturbado.

-Está correcta a minha análise?

Com base nessa informação, deixe-me perguntar-lhe:

-Ainda hoje o seu cunhado permanece livre de consequências pelo que lhe fez. Isso perturba-a? Se sim, tente explicar-me porquê o melhor que conseguir.

-Costuma lembrar-se, fantasiar com quem você era antes da depressão? Se sim, com que frequência? E, se estiver confortável, podia dizer-me qual a fantasia mais recorrente que tem ou que cria?

-Penso ter percebido que o seu grande objectivo pessoal neste momento é entrar numa faculdade. Mas, diga-me: Qual é o seu grande objectivo psicológico para a vida? Exemplos: deixar de me bloquear em frente dos outros - deixar de olhar obsessivamente o meu reflexo em espelhos, vidros, montras, etc… - descobrir a grande razão pela qual não me consigo relacionar, etc…

Fico à espera da sua resposta

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Mensagem por Erica 0A0S Qua Dez 02 2015, 18:53

Foi exatamente isso mesmo, esta correta sua analise.

Na verdade o meu cunhado e minha irmã tinham uma visão que eu era uma "vadia promissora" (desculpa  o palavrão rs), meu cunhado disse uma vez que quando eu tivesse 15 anos eu iria estar grávida.

Depois de algum tempo eu falei para minha mãe sobre esse assédio e sobre essas coisas que ele me falou, ela ficou muito brava com isso, enquanto meu pai teve uma atitude indiferente.
Após alguns anos minha mãe voltou a ter contato com o meu cunhado, hoje ela o recebe tranquilamente em casa. Quando ele vem fazer visita eu me retiro da casa, realmente o fato dele ter ficado livre me perturba, mas ultimamente tenho tentado mudar meu pensamento e não guardar tanto rancor e nem pensar muito nisso e também não quero mais contato, por isso saio de casa quando ele chega.
Obs.: Meu pai é separado da minha mãe desde 2009, sempre teve um bom relacionamento com meu cunhado mesmo depois de saber disso.


Ressalto que neste último ano meu relacionamento melhorou muito com a minha mãe, não é mais tão conturbado estou aprendendo a conviver com ela, evito discussões e qualquer tipo de desgastes com ela, acredito que ela precisa da minha ajuda assim como eu da dela.


Sinceramente não costumo pensar/fantasiar muito na minha infância, especialmente da parte boa ou não depressiva.
Hoje quando eu me lembro da minha infância, lembro mais dessa fase "ruim".
Pelo fato de ter percebido o quanto sou solitária me arrependo muito de ter distanciado tantas pessoas da minha vida.
Eu costumo pensar o quanto minha vida teria sido melhor se eu tivesse dado mais espaço na minha vida para fazer amizades na minha adolescência
Eu não sei se interpretei bem, espero ter respondido essa sua pregunta!

Eu acho complicado dizer qual meu objetivo psicológico agora, mas eu penso que antes me envolver num relacionamento amoroso, preciso trabalhar meus defeitos, pois já tem sido difícil manter amizades. Tento aprender a viver bem sozinha, não ser egoísta e atender somente as minhas necessidades, não reclamar muito, pois como disse eu estava ficando como a minha mãe, somente enxergando e apontando os defeitos alheios, foi assim que vi que estava distanciando as pessoas da minha vida.

Não sei se respondi todas as perguntas e como você esperava, estou tentando ser o mais honesta possível e detalhando o que acho que tem mais importância. Qualquer coisa pode fazer mais perguntas!
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Mensagem por RafaelMoreira Qua Dez 02 2015, 19:32

Érica, estamos a ter uma boa conversa.

Apesar de tudo o que aconteceu na sua vida, não me parece que você seja uma pessoa ‘’danificada’’ a um ponto irreparável. É claro que esta é uma opinião primária.

Você é uma pessoa inteligente e bem educada, você é boa gente.
Noto em si atributos mais do que suficientes para se conseguir relacionar com outras pessoas.
Claramente, você tem qualidades humanas.
O problema, parece-me, não tem nada a ver com uma suposta ‘’falha’’ sua de carácter ou personalidade mas é, sim, fruto de um trauma e não é difícil de elaborar uma teoria.

Você não é doente mas sofre, e tem razões para isso.
Infelizmente, você nasceu numa família disfuncional.
Apenas a sua mãe – pelo que penso ter percebido do que me descreveu – se preocupa consigo e demonstra amá-la verdadeiramente. Você tem um pai negligente, uma irmã que não presta e o seu cunhado deve ter graves problemas.

Para quem é sensível – e eu julgo que seja o seu caso – essa convivência com gente insensível e com poucos escrúpulos, pode ter desfigurado a sua forma de ser, de se ver e de se relacionar com as pessoas. Pode ter danificado a sua auto-estima de forma séria.
A primeira chave para uma criança se valorizar é o amor que recebe da família. É muito importante para uma criança ou adolescente não se sentir uma vítima ou um traste diante dos seus progenitores, principalmente, mas também do resto dos familiares.

Você não precisa de confirmar, mas partindo do princípio que foi alguém da sua família que lhe fraturou o braço (reparei que ocultou a forma como fraturou o braço, pode ter sido acidental ou propositado, não interessa) não é anormal uma adolescente ou pré-adolescente como você era pensar o seguinte: ‘’se nem tenho valor para a minha família, como posso ter para o resto do mundo?’’ – daí a sua posterior dificuldade em interagir com os outros após os dois incidentes de que me falou.

Relembro-lhe, Érica, que estas são apenas especulações de maneira a conseguir descortinar o que se passa consigo hoje em dia. Neste momento, estamos apenas no campo das hipóteses.

Faço estas especulações especificamente porque tal raciocínio é comum entre as mulheres que foram vítimas de abuso familiar ou que cresceram num seio familiar agressivo e adverso.

Espero estar a ajudá-la. Gostava que me dissesse onde estou a errar e onde estou a acertar. Fico à espera da sua próxima resposta.

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Mensagem por Erica 0A0S Qui Dez 03 2015, 01:32

Obrigada pelas palavras Rafael, enquanto nós íamos conversando e eu respondendo suas perguntas comecei a refletir mais sobre minha situação.

Realmente, apesar de todas as divergências, que não sou poucas, em alguns momentos minha mãe sempre se demostrou amorosa e acho que até me mimou um pouco algumas vezes.

Eu não citei o que aconteceu durante a fratura pois não achei relevante, mas na verdade foi uma queda que tive enquanto dançava e brincava no meu quarto.
Durante uma certa época, meu pai tive uma postura um pouco agressiva comigo, mas aquilo foi resultado de eu frequentemente ter sido desrespeitosa e grosseira com ele.
Minha mãe sendo mais protetora conversou com ele e não permitiu que ele me batesse mais, mas não chegou a ser aquelas agressões mesmo sabe?! Aquela "surra" que os pais dão nos filhos quando ele não age adequadamente mesmo, pelo menos não vejo esse tipo de atitude dos pais como muito grave, mas acho desagradável, claro!

Só esta errado a hipótese que houveram agressões físicas, exceto essas "surras disciplinares" que meu pai ou minha mãe aplicavam quando achavam necessário em mim ou na minha irmã, elas nunca aconteceram dentro da nossa família.

Quando digo "dentro da nossa família", refiro-me ao meu pai, minha mãe, eu e minha irmã. Não há evidências, mas acreditamos que o meu cunhado já agrediu minha irmã no casamento deles.

E concordo muito com você quando diz que eu sofri com minha auto-estima, é algo que percebo e estava sempre a me questionar sobre isso, suas hipóteses são de grande ajuda para mim.
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Mensagem por RafaelMoreira Sex Dez 04 2015, 21:37

Érica, fico muito contente de saber que estou a ajudá-la.

Gostava de lhe fazer umas perguntas para perceber um pouco mais:

1- Você costuma congelar e racionalizar em excesso durante as suas interações e socializações?

2- Você tem a constante sensação de que está um pouco deslocada de si mesma? De que era apenas lógico você ser de outra maneira, não fosse o facto de um certo rochedo estar à frente do seu caminho, a bloqueá-la?

3- Podia elaborar sobre os defeitos que pensa ter?

Fico à espera da sua próxima resposta. Beijo.

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Mensagem por Erica 0A0S Qui Dez 17 2015, 00:11

Olá Rafael, desculpa pela demora, é que eu tive que ficar os últimos dias revisando algumas matérias, pois tive prova no domingo e segunda-feira.

1 - Eu tenho bastante dificuldade em interagir com outras pessoas, como uma pessoa introvertida são poucas as pessoas que consigo ter alguma afinidade, em geral eu não costumo falar muito, tenho medo de falar algo e parecer desagradável. Neste caso posso afirmar que sim, racionalizo bastante durante minhas interações sociais.
Teve uma fase muio ruim entre eu e minha mãe, nós estávamos brigando muito, eu ia conversar com as pessoas e acabava somente reclamando.
Somente depois de um tempo parei para pensar que todas as amizades que fiz nessa época se distanciaram por causa disso, hoje tento corrigir meu erro e não me expor muito, de qualquer forma ainda sinto que as pessoas se distanciam pois não propositalmente, me demostro desinteressada.


2 - Socialmente, sim, sinto que muitas coisas poderiam ter sido diferentes, e até hoje, por mais que me esforce não consigo mudar muito, sinto que sempre "levanto um muro" e não deixo as pessoas se aproximarem de mim.

Na minha vida profissional também, como havia dito logo que comecei o tópico, em 2014 eu pedi demissão do emprego e saia quase todos os dias para estudar numa biblioteca, mas não me organizei, o que acabou sendo um refugio, eu acho, pois não queria ficar em casa com a minha mãe já que estávamos numa péssima fase.
Na época que fazia um curso preparatório para vestibular, não querendo ser arrogante, mas me considerava mais inteligente e até com uma facilidade maior de decorar as matérias do que outros colegas, porém nos simulados e mais evidentemente nas provas dos vestibulares, tinha um desempenho pior, que acredito que esteja ligado ao fato de eu não ser muito "estável emocionalmente"

3 - Apesar de todos os problemas, especialmente nos dois últimos anos eu sou uma pessoa que tenta mudar bastante.
Em geral tenho um grande sentimento de culpa a todo instante, deveria estudar mais, tocar bateria, comer menos, ficar menos tempo na internet e etc.
Na hora que li sua pergunta e pensei não me veio nenhum defeito, evidentemente que tenho, mas indo por exclusão cheguei a conclusão que:
Sou egoísta, pois quando arrumava alguma amizade queria que a pessoa fizesse o que eu gosto, caso contrário eu já distanciava da minha vida, pois pensava que a pessoa em nada me acrescentaria; Me considero desonesta, já que menti dizendo para alguns amigos que já estudo numa universidade; me sinto invejosa, pois me sinto mal quando vejo alguém se dando bem na vida enquanto na minha ainda não consigo alcançar meus objetivos que idealizei há anos; também me acho paranoica, devido a modernidade e as redes sociais eu idealizo amizades com pessoas distantes das quais eu talvez nunca conheça, ao invés de aproveitar as que tenho por perto.

Espero ter respondido com clareza, se necessitar de mais esclarecimento fique a vontade para perguntar.

Aproveitando nossa conversa ... Desde 2010 (que foi quando eu comecei a trabalhar) eu reparo que sou muito inquieta, não consigo ficar muito tempo sentada, quando trabalhava sempre levantava mesmo que de forma desnecessária, atualmente estudando em casa é o mesmo, estou estudando e daqui à pouco levanto e fico dando voltas no meu quarto, sozinha mesmo, normalmente gosto de estar sempre escutando música, isso se tornou mais frequente quando comecei a brigar muito com a minha mãe.
Isso pode estar relacionado também a um quadro de depressão ou de deficit de atenção?
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