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Apresentação e um pedaçinho da minha história
3 participantes
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Apresentação e um pedaçinho da minha história
Olá a todos
Nem sei por onde começar... Talvez pelo começo (ou pelo começo aceitavel, porque o começo mesmo a serio nunca mais saiamos daqui...)
Em 2010 acabei o meu mestrado. Escolhi uma area que me apaixonava muito mas sem grande empregabilidade, fui muito ingenua e ninguem se bate mais a si propria que eu acreditem. Enfim, sai do pais numa de viver a vida e safar me la fora tinha (e tenho la amigos). Nunca trabalhei na minha area no decurso de 3 anos até 2013, trabalhava, trabalhos que nao precisam de formaçao, mas nisto nao me safava. Isso foi correndo um pouco o meu espirito. Andava em baixo, sem orgulho em mim.
Entretanto, ainda lá fora, recebo uma chamada do meu pai a dizer que a minha mãe tem cancro. Estava em fase terminal e não tinha dito nada. Tinha sido diagnosticada já ha varios anos mas so o meu pai é que sabia. Felizmente ainda tive uns tempos com a minha mae ca, 3 semanas. Foi mesmo muito bom apesar de tudo ter essa oportunidade porque nos entendemos em relaçao ao passado. Mas enfim... como devem calcular, e alguns saber, coisa mais penosa de todo o sempre rompeu o meu coraçao em dois. Decidi voltar para Portugal porque nao andava a fzr nada de particularmente significativo com a minha vida lá e o meu pai e irmao precisavam de mim.
Deixo lá fora os meus dois melhores amigos.
Voltei em 2012. Pouco tempo depois de estar cá, por intermedio de um amigo conheci alguem. Nessa altura eu estava tao triste, nem via direito, mandei me de cabeça, nem dei tempo de o conhecer... pensei mesmo (ingenua de novo, de novo, eu nao aprendo) que Deus o tinha posto no meu caminho para superar este periodo dificil. Para tornar uma longa história curta, esta pessoa, com que tive a sorte de só ter passado 3 meses com (porque afinal, provei me a mim mesma, que eu mesmo na merda nao me deixo ficar) ensinou-me que existem de facto pessoas más neste mundo. E não me estou a referir a quando somos "maus" para alguem porque tamos xateados com eles ou com a vida e queremos ventilar... Nao, tou mesmo a falar de breu total, não haver ali ponta de causalidade nem muito menos humanidade.
Nessa altura, no meio da insanidade que vivia com este "ser" cortei o cabelo a rapaz. Tenho uma foto minha dessa altura parece que eu tb era doente de cancro em fase terminal.
Enfim, lutei, livrei me dele e no meio disto tudo (e de luto pela minha mae) decido voltar a estudar, aproveitar a licenciatura e tirar outro mestrado com mais empregabilidade. É o que tou a fazer agora.
Ainda por cima disto, o meu irmao, que já no ano passado demonstrava graves dificuldades, no começo deste ano teve uma crise (episodio psicotico) gravissimo, smp a suspeitar de tudo e todos inclusive de mim. Nem me falava sequer e ja na fase critica achava que eu lhe queria mal. Achei que ia perder a cabeça... Nunca tive tanto problema na vida.
Felizmente o meu bro já ta melhor e encontrou uma medicaçao que é a adequada para ele. Enfim, valha nos isso. Apesar de saber que a medicaçao faz mal a saude a longo prazo e isso me preocupar, como ele tava não era vida pa ninguem.
Neste momento as coisas tao calmas mas eu, talvez no rescaldo de tudo isto, sinto me memo completamente vazia..
Tenho de tirar boas notas agora nos exames e manter a média (acabei o primeiro semestre com uma boa média nem faço bem ideia como) para começar já a procura de um estagio no verão, mas sinto que nao tenho ja forças para nada.
E pior que isso é sentir pela primeira vez na minha vida que nem consigo sequer disfarçar. Dantes pelo menos, quando tava mal conseguia disfarçar, é um sentimento horrivel sentir que tou, deste modo que descrevo, totalmente desprotegida. Não tou a exagerar.. É do pior mesmo. Sinto que estou a conduzir já para alem do "sinalzinho vermelho da reserva"...Qualquer coisa me poe a chorar e confiar nas pessoas ta escasso também... muito mesmo.
Como alguem aqui disse, fácil não está..
Obrigada por lerem! Comentem o que quieserem e ia gostar muito de ouvir os vossos conselhos ou so experiencias pessoais.
Nem sei por onde começar... Talvez pelo começo (ou pelo começo aceitavel, porque o começo mesmo a serio nunca mais saiamos daqui...)
Em 2010 acabei o meu mestrado. Escolhi uma area que me apaixonava muito mas sem grande empregabilidade, fui muito ingenua e ninguem se bate mais a si propria que eu acreditem. Enfim, sai do pais numa de viver a vida e safar me la fora tinha (e tenho la amigos). Nunca trabalhei na minha area no decurso de 3 anos até 2013, trabalhava, trabalhos que nao precisam de formaçao, mas nisto nao me safava. Isso foi correndo um pouco o meu espirito. Andava em baixo, sem orgulho em mim.
Entretanto, ainda lá fora, recebo uma chamada do meu pai a dizer que a minha mãe tem cancro. Estava em fase terminal e não tinha dito nada. Tinha sido diagnosticada já ha varios anos mas so o meu pai é que sabia. Felizmente ainda tive uns tempos com a minha mae ca, 3 semanas. Foi mesmo muito bom apesar de tudo ter essa oportunidade porque nos entendemos em relaçao ao passado. Mas enfim... como devem calcular, e alguns saber, coisa mais penosa de todo o sempre rompeu o meu coraçao em dois. Decidi voltar para Portugal porque nao andava a fzr nada de particularmente significativo com a minha vida lá e o meu pai e irmao precisavam de mim.
Deixo lá fora os meus dois melhores amigos.
Voltei em 2012. Pouco tempo depois de estar cá, por intermedio de um amigo conheci alguem. Nessa altura eu estava tao triste, nem via direito, mandei me de cabeça, nem dei tempo de o conhecer... pensei mesmo (ingenua de novo, de novo, eu nao aprendo) que Deus o tinha posto no meu caminho para superar este periodo dificil. Para tornar uma longa história curta, esta pessoa, com que tive a sorte de só ter passado 3 meses com (porque afinal, provei me a mim mesma, que eu mesmo na merda nao me deixo ficar) ensinou-me que existem de facto pessoas más neste mundo. E não me estou a referir a quando somos "maus" para alguem porque tamos xateados com eles ou com a vida e queremos ventilar... Nao, tou mesmo a falar de breu total, não haver ali ponta de causalidade nem muito menos humanidade.
Nessa altura, no meio da insanidade que vivia com este "ser" cortei o cabelo a rapaz. Tenho uma foto minha dessa altura parece que eu tb era doente de cancro em fase terminal.
Enfim, lutei, livrei me dele e no meio disto tudo (e de luto pela minha mae) decido voltar a estudar, aproveitar a licenciatura e tirar outro mestrado com mais empregabilidade. É o que tou a fazer agora.
Ainda por cima disto, o meu irmao, que já no ano passado demonstrava graves dificuldades, no começo deste ano teve uma crise (episodio psicotico) gravissimo, smp a suspeitar de tudo e todos inclusive de mim. Nem me falava sequer e ja na fase critica achava que eu lhe queria mal. Achei que ia perder a cabeça... Nunca tive tanto problema na vida.
Felizmente o meu bro já ta melhor e encontrou uma medicaçao que é a adequada para ele. Enfim, valha nos isso. Apesar de saber que a medicaçao faz mal a saude a longo prazo e isso me preocupar, como ele tava não era vida pa ninguem.
Neste momento as coisas tao calmas mas eu, talvez no rescaldo de tudo isto, sinto me memo completamente vazia..
Tenho de tirar boas notas agora nos exames e manter a média (acabei o primeiro semestre com uma boa média nem faço bem ideia como) para começar já a procura de um estagio no verão, mas sinto que nao tenho ja forças para nada.
E pior que isso é sentir pela primeira vez na minha vida que nem consigo sequer disfarçar. Dantes pelo menos, quando tava mal conseguia disfarçar, é um sentimento horrivel sentir que tou, deste modo que descrevo, totalmente desprotegida. Não tou a exagerar.. É do pior mesmo. Sinto que estou a conduzir já para alem do "sinalzinho vermelho da reserva"...Qualquer coisa me poe a chorar e confiar nas pessoas ta escasso também... muito mesmo.
Como alguem aqui disse, fácil não está..
Obrigada por lerem! Comentem o que quieserem e ia gostar muito de ouvir os vossos conselhos ou so experiencias pessoais.
Harpa- Mensagens : 19
Reputação : 0
Data de inscrição : 05/05/2014
Idade : 38
Re: Apresentação e um pedaçinho da minha história
Eu sei o que sentes, tenta ter calma.
Existem pessoas muito más, que se aproveitam de nós qd mais estamos em baixo.
Força.
Existem pessoas muito más, que se aproveitam de nós qd mais estamos em baixo.
Força.
Hatfield- Mensagens : 21
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/04/2014
Re: Apresentação e um pedaçinho da minha história
(o que escrevo é somente a minha opinião)
Parece-me que foste forte, que tiveste de ser forte, durante muito tempo. Que foste aguentando tudo o que a vida te mandava. Principalmente os últimos dias com a tua mãe e o problema do teu irmão.
Pelo que li pareceu-me que melhor ou pior aguentaste isso tudo, depois, quando tudo parece começar a assentar vem a quebra. O tempo vai ajudando ao luto (creio eu porque ainda não perdi um pai), o teu irmão melhorou, e saíste da situação com o tal "ser", então o teu corpo aproveitou essa janela de calma e acusou todo o peso que vinha carregando.
Ficou um vazio enorme.
A ingenuidade não é uma ferramenta boa para a luta dos nossos dias, mas mantém-nos agarrados a acreditar em algo, distingue-nos de muitos. Mas acredita que se vai aprendendo.
A parte positiva no meio de tudo é a consciência que estás a ter de ti, do que sentes, do sinal vermelho. Se não tivesses esta noção podias só vir a perceber quando estivesses bem mais fundo, aí o regresso a ti seria mais longo, mais escuro.
Precisas de respirar, dum pouco de tempo.
Parece-me que tens ainda em ti forças para voltares
Tu própria o dizes:
Fica por cá
Parece-me que foste forte, que tiveste de ser forte, durante muito tempo. Que foste aguentando tudo o que a vida te mandava. Principalmente os últimos dias com a tua mãe e o problema do teu irmão.
Pelo que li pareceu-me que melhor ou pior aguentaste isso tudo, depois, quando tudo parece começar a assentar vem a quebra. O tempo vai ajudando ao luto (creio eu porque ainda não perdi um pai), o teu irmão melhorou, e saíste da situação com o tal "ser", então o teu corpo aproveitou essa janela de calma e acusou todo o peso que vinha carregando.
Ficou um vazio enorme.
Harpa escreveu:(ingenua de novo, de novo, eu nao aprendo)
A ingenuidade não é uma ferramenta boa para a luta dos nossos dias, mas mantém-nos agarrados a acreditar em algo, distingue-nos de muitos. Mas acredita que se vai aprendendo.
A parte positiva no meio de tudo é a consciência que estás a ter de ti, do que sentes, do sinal vermelho. Se não tivesses esta noção podias só vir a perceber quando estivesses bem mais fundo, aí o regresso a ti seria mais longo, mais escuro.
Precisas de respirar, dum pouco de tempo.
Parece-me que tens ainda em ti forças para voltares
Tu própria o dizes:
Harpa escreveu:(porque afinal, provei me a mim mesma, que eu mesmo na merda nao me deixo ficar)
Fica por cá
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: Apresentação e um pedaçinho da minha história
Hartfield - Obrigado pela resposta, parece que infelizmente já passaste pelo mesmo. O grande problema agora é ver esse genero de pessoa em todo o lado. Conseguiste voltar à normalidade e a confiar com facilidade?
HugoSousa - Mt obrigada tb, tocas em pontos importantes. Sim claro, de facto a morte da minha mãe colocou fasquia nisto tudo, mas tb dps o problema do meu irmão foi um choque muito grande, e então na altura que foi/ é onde precisas mesmo estar perto e desabafar com a tua família.
Acho que houve sempre uma negaçao grande com a minha familia, parece que negar as coisas era o mecasnismo de defesa predilecto, negar a ver se desaparece.... o cancro, o prob do meu irmao. Depois claro, as coisas chegam a um cume. E qdo veem a superficie assim abruptamente é tudo muito pior.
Ah a ingenuidade... sim. Acho que se vai aprendendo. Mas é agridoce não é? Não é que eu deseje activamente ter um tipo de mentalidade que me predispoe automaticamente à dor e a estar em desvantagem em relação aos outros. E claro, já não sou tao ingenua como era, como poderia? Mas dantes ... não sei. Dantes o mundo era um lugar menos assustador sabes?
Obrigada pelas respostas outra vez, serio. Ouvir um "eu entendo" ou "es capaz" faz milagres. Faz acreditar nas pessoas.
HugoSousa - Mt obrigada tb, tocas em pontos importantes. Sim claro, de facto a morte da minha mãe colocou fasquia nisto tudo, mas tb dps o problema do meu irmão foi um choque muito grande, e então na altura que foi/ é onde precisas mesmo estar perto e desabafar com a tua família.
Acho que houve sempre uma negaçao grande com a minha familia, parece que negar as coisas era o mecasnismo de defesa predilecto, negar a ver se desaparece.... o cancro, o prob do meu irmao. Depois claro, as coisas chegam a um cume. E qdo veem a superficie assim abruptamente é tudo muito pior.
Ah a ingenuidade... sim. Acho que se vai aprendendo. Mas é agridoce não é? Não é que eu deseje activamente ter um tipo de mentalidade que me predispoe automaticamente à dor e a estar em desvantagem em relação aos outros. E claro, já não sou tao ingenua como era, como poderia? Mas dantes ... não sei. Dantes o mundo era um lugar menos assustador sabes?
Obrigada pelas respostas outra vez, serio. Ouvir um "eu entendo" ou "es capaz" faz milagres. Faz acreditar nas pessoas.
Harpa- Mensagens : 19
Reputação : 0
Data de inscrição : 05/05/2014
Idade : 38
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