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a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
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a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
A minha história do que chamo simplesmente “aquilo”
“Long story short” (I’ll try)
Há mais duns 10 anos trabalhava, estudava em pós-laboral, obras em casa,….
Parece que vivia a mil à hora, mas na verdade, e percebo-o agora que olho para trás, apesar do ritmo sentia-me algo incompleto.
Adiante… Um dia queimei, tensão alta, pulso a mil, hospital e uma quase uma semana de cama sem forças para me levantar (isto sem medicamentos, apenas estoirado).
Recuperei e depois foi ano e meio, ou dois até, de altos e baixos, de idas às urgências, mil exames a isto e àquilo, sempre a piorar de cada vez.
Tonturas ao entrar em espaços fechados, centros comerciais, medos, evitava tudo e todos. O que para quem pertencia ao grupo de teatro da faculdade e dava explicações era uma nova realidade difícil de gerir, sentia-me muito diminuído.
Um dia lá decidi ir a um Psiquiatra (mesmo depois de um outro médico me ter dito que não era caso disso). Em 10 ou 15 minutos de conversa o Psiquiatra percebeu que o problema era Ansiedade.
Os dois anos às voltas em exames tinham aberto a porta algumas fobias sendo a pior a hipocondria.
Saí da consulta completamente em baixo, perdido perante o desconhecido.
Confiei no médico e comecei a medicação, consulta na próxima semana, depois 15 dias, depois um mês, depois andamos uns tempos de 2 em 2 meses. Sinto que perdi anos de vida.
Ele nunca me indicou terapia ou psicólogos, mas sei que não era por mania dele pois soube de casos que ele aconselhou logo esse caminho.
A mim sempre me disse que era metade exterior e a outra metade a tal parte endógena.
Mas lá vieram os desmames, uns passos para a frente e umas quedas para trás.
Sei que estive uns bons meses sem precisar de tomar nada, mas um dia uma gastroenterite atirou-me uns dias para o hospital a soro e isso acordou o que estava apenas adormecido.
Depois desses tempos consegui o que chamo um mínimo de medicação,
estou a 1×ADT10 + 1/2 Lexotan à noite e 1/2 Lexotan +1/2 Paxetil de manhã.
Na carteira anda sempre o Unisedil para SOS (mas tempos houve que era o Victan).
É raro ter os ditos “evitamentos” e com tempo voltei aos meus hobbies (fotografia e modelismo estático)
Mas a confiança ficou mesmo muito por baixo. Tenho a necessidade de me ver refletido em quem me rodeia, de saber como me leem, mas por outro lado tenho dificuldade em valorizar os elogios que me dão nos meus trabalhos (mesmo na fotografia e modelismo).
Nunca procurei informação sobre ansiedade, tinha receio que quanto mais soubesse pior poderia ser, que podia criar mais ansiedade ao saber até onde a doença podia ir. Os hipocondríacos não devem mesmo googlar informação, a net pode ser um perigo para eles.
Depois de bastante tempo a pagar consultas para aviar sempre as mesmas receitas passei eu a seguir as guias do médico.
Como estou agora?
Acho que bem, aceito que terei de viver com isto para sempre mas sei que posso estabilizar em patamares que me devolvam a confiança e melhor qualidade de vida. Já vou a todo o lado
Mas ainda me sinto algo limitado, queria voltar a escrever mas ainda não me consegui arrumar depois dalgumas quebras
Se ainda caio?
Sim, pode ser uma vez por mês ou nem isso, mas sim, ainda tenho momentos que me destroem tudo o que construi, que me infectam a mente, que empolam medos para lá do racional, perco a pouca confiança que ia guardando, nesses momentos odeio-me, e o medo do desconhecido, daquilo que temo não controlar, assusta-me.
O que me vale?
- A história, saber o que já foi e o que é agora
- A memória de como cada queda foi ultrapassada e que esta será apenas mais uma.
- Sonhar, sempre fui de sonhar.
Um exemplo: Uma noite em que não conseguia dormir pensei que tinha de fazer algo de novo, precisava de sonhar, então decidi nesse momento escrever um livro (nada sobre ansiedades nem sobre o meu caso, um simples romance). Seria só para mim, uma experiência nova, um sonho que fui alimentando. Criei personagens, cenários e vivi aquilo intensamente. E a verdade é que o acabei, dei-o a ler a quem prezo a opinião mas mentindo, não disse que era meu, queria opiniões isentas… blá… blá… blá… blá… E acabei por publicá-lo.
O sonho era só acabá-lo para mim (e só muito depois percebi o quanto de mim estava espalhado por cada personagem), depois veio o sonho de amigos lerem, depois veio o sonho de o publicar.
Percebem onde quero chegar?
Um sonho puxa outro e por aí fora.
Por isso sonho.
Por isso vos digo que não deixem de sonhar É um óptimo remédio
Mas como diz Fernando Pessoa “Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos”.
Atualmente estou a experimentar uma nova abordagem para chegar a melhores níveis de estabilidade, pois “aquilo” ainda teima em aparecer e atirar-me para um canto escuro.
A nova abordagem passa um pouco por procurar informação (aqui por exemplo), algum exercício físico e onde deposito alguma fé misturada de ceticismo é na Homeopatia. Recomendaram-me um Homeopata que é Médico de Clinica Geral e teve um longo percurso em ambos os campos.
Tentando resumir são suplementos que ajudam o organismo a reforçar-se e também a aceitar melhor a atual medicação de modo a que ela faça mais efeito e assim possa ser reduzida. Ainda estou no início por isso logo virei aqui mais tarde partilhar desenvolvimentos e por favor não me deem opiniões sobre isto por agora para não me viciar, deixem-me ser eu a perceber
Tentei resumir, é claro que há mais, há muito mais, tal como cada um de vós não se conseguirá explanar aqui.
Vou ficar por aqui numa de partilhar, receber e dar
Fiquem bem
Deixo-vos uma foto tirada por mim
Quem nunca se sentiu sozinho entre os demais?
“Long story short” (I’ll try)
Há mais duns 10 anos trabalhava, estudava em pós-laboral, obras em casa,….
Parece que vivia a mil à hora, mas na verdade, e percebo-o agora que olho para trás, apesar do ritmo sentia-me algo incompleto.
Adiante… Um dia queimei, tensão alta, pulso a mil, hospital e uma quase uma semana de cama sem forças para me levantar (isto sem medicamentos, apenas estoirado).
Recuperei e depois foi ano e meio, ou dois até, de altos e baixos, de idas às urgências, mil exames a isto e àquilo, sempre a piorar de cada vez.
Tonturas ao entrar em espaços fechados, centros comerciais, medos, evitava tudo e todos. O que para quem pertencia ao grupo de teatro da faculdade e dava explicações era uma nova realidade difícil de gerir, sentia-me muito diminuído.
Um dia lá decidi ir a um Psiquiatra (mesmo depois de um outro médico me ter dito que não era caso disso). Em 10 ou 15 minutos de conversa o Psiquiatra percebeu que o problema era Ansiedade.
Os dois anos às voltas em exames tinham aberto a porta algumas fobias sendo a pior a hipocondria.
Saí da consulta completamente em baixo, perdido perante o desconhecido.
Confiei no médico e comecei a medicação, consulta na próxima semana, depois 15 dias, depois um mês, depois andamos uns tempos de 2 em 2 meses. Sinto que perdi anos de vida.
Ele nunca me indicou terapia ou psicólogos, mas sei que não era por mania dele pois soube de casos que ele aconselhou logo esse caminho.
A mim sempre me disse que era metade exterior e a outra metade a tal parte endógena.
Mas lá vieram os desmames, uns passos para a frente e umas quedas para trás.
Sei que estive uns bons meses sem precisar de tomar nada, mas um dia uma gastroenterite atirou-me uns dias para o hospital a soro e isso acordou o que estava apenas adormecido.
Depois desses tempos consegui o que chamo um mínimo de medicação,
estou a 1×ADT10 + 1/2 Lexotan à noite e 1/2 Lexotan +1/2 Paxetil de manhã.
Na carteira anda sempre o Unisedil para SOS (mas tempos houve que era o Victan).
É raro ter os ditos “evitamentos” e com tempo voltei aos meus hobbies (fotografia e modelismo estático)
Mas a confiança ficou mesmo muito por baixo. Tenho a necessidade de me ver refletido em quem me rodeia, de saber como me leem, mas por outro lado tenho dificuldade em valorizar os elogios que me dão nos meus trabalhos (mesmo na fotografia e modelismo).
Nunca procurei informação sobre ansiedade, tinha receio que quanto mais soubesse pior poderia ser, que podia criar mais ansiedade ao saber até onde a doença podia ir. Os hipocondríacos não devem mesmo googlar informação, a net pode ser um perigo para eles.
Depois de bastante tempo a pagar consultas para aviar sempre as mesmas receitas passei eu a seguir as guias do médico.
Como estou agora?
Acho que bem, aceito que terei de viver com isto para sempre mas sei que posso estabilizar em patamares que me devolvam a confiança e melhor qualidade de vida. Já vou a todo o lado
Mas ainda me sinto algo limitado, queria voltar a escrever mas ainda não me consegui arrumar depois dalgumas quebras
Se ainda caio?
Sim, pode ser uma vez por mês ou nem isso, mas sim, ainda tenho momentos que me destroem tudo o que construi, que me infectam a mente, que empolam medos para lá do racional, perco a pouca confiança que ia guardando, nesses momentos odeio-me, e o medo do desconhecido, daquilo que temo não controlar, assusta-me.
O que me vale?
- A história, saber o que já foi e o que é agora
- A memória de como cada queda foi ultrapassada e que esta será apenas mais uma.
- Sonhar, sempre fui de sonhar.
Um exemplo: Uma noite em que não conseguia dormir pensei que tinha de fazer algo de novo, precisava de sonhar, então decidi nesse momento escrever um livro (nada sobre ansiedades nem sobre o meu caso, um simples romance). Seria só para mim, uma experiência nova, um sonho que fui alimentando. Criei personagens, cenários e vivi aquilo intensamente. E a verdade é que o acabei, dei-o a ler a quem prezo a opinião mas mentindo, não disse que era meu, queria opiniões isentas… blá… blá… blá… blá… E acabei por publicá-lo.
O sonho era só acabá-lo para mim (e só muito depois percebi o quanto de mim estava espalhado por cada personagem), depois veio o sonho de amigos lerem, depois veio o sonho de o publicar.
Percebem onde quero chegar?
Um sonho puxa outro e por aí fora.
Por isso sonho.
Por isso vos digo que não deixem de sonhar É um óptimo remédio
Mas como diz Fernando Pessoa “Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos”.
Atualmente estou a experimentar uma nova abordagem para chegar a melhores níveis de estabilidade, pois “aquilo” ainda teima em aparecer e atirar-me para um canto escuro.
A nova abordagem passa um pouco por procurar informação (aqui por exemplo), algum exercício físico e onde deposito alguma fé misturada de ceticismo é na Homeopatia. Recomendaram-me um Homeopata que é Médico de Clinica Geral e teve um longo percurso em ambos os campos.
Tentando resumir são suplementos que ajudam o organismo a reforçar-se e também a aceitar melhor a atual medicação de modo a que ela faça mais efeito e assim possa ser reduzida. Ainda estou no início por isso logo virei aqui mais tarde partilhar desenvolvimentos e por favor não me deem opiniões sobre isto por agora para não me viciar, deixem-me ser eu a perceber
Tentei resumir, é claro que há mais, há muito mais, tal como cada um de vós não se conseguirá explanar aqui.
Vou ficar por aqui numa de partilhar, receber e dar
Fiquem bem
Deixo-vos uma foto tirada por mim
Quem nunca se sentiu sozinho entre os demais?
Última edição por HugoSousa em Seg Ago 11 2014, 15:10, editado 1 vez(es)
HugoSousa- Mensagens : 120
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Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Hugo, são relatos como o teu que me inspiram e me dão confiança para procurar um caminho melhor. Obrigado pela partilha. Excelente foto!
AnaRita- Mensagens : 192
Reputação : 27
Data de inscrição : 06/03/2014
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
A ansiedade é um percurso de altos e baixos. Sofro de ansiedade, talvez há cerca de 10 anos...houve fases em que me senti "curada". Há seis meses voltou tudo em força. A minha vida não é a mesma, mas vou ficando mais autónoma...se já estive bem, funcional, sei que irei voltar a isso. E se já estive muito pior, serve-me de consolo saber que agora já não estou assim tão mal.
Boa sorte e muita força!
Boa sorte e muita força!
smpf- Mensagens : 139
Reputação : 7
Data de inscrição : 05/03/2014
Idade : 37
Localização : Lisboa
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Obrigado pela partilha! Tens tudo para vencer!
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Como disse o Brick, tens todas as ferramentas necessárias para te curares totalmente. Sim deve ser essa a nossa ambição, pelo menos eu não aceito a premissa do "vou ter de conviver com isto o resto da vida". Isso é aceitar a derrota e eu simplesmente considero-me muito mais forte que esta doença.
És um lutador ! FORÇA !
És um lutador ! FORÇA !
FSL- Mensagens : 518
Reputação : 73
Data de inscrição : 05/07/2012
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
AnaRita escreveu:Obrigado pela partilha.
É algo em que acredito seja qual for o meio.
smpf escreveu:A minha vida não é a mesma, mas vou ficando mais autónoma...se já estive bem, funcional, sei que irei voltar a isso. E se já estive muito pior, serve-me de consolo saber que agora já não estou assim tão mal.
Boa sorte e muita força!
Percebo-te
Eu sei que se ouvimos esta palavra imensas vezes e nenhuma delas nos toca, como poderia? Mas creio mesmo que te percebo, não há duas situações nem caminhos iguais, mas há muitos pontos comuns.
Brick escreveu:Obrigado pela partilha! Tens tudo para vencer!
Obrigado À minha volta sim, tenho tudo para vencer, por dentro é que falta limar umas arestas
FSL escreveu:tens todas as ferramentas necessárias para te curares totalmente. Sim deve ser essa a nossa ambição, pelo menos eu não aceito a premissa do "vou ter de conviver com isto o resto da vida". Isso é aceitar a derrota e eu simplesmente considero-me muito mais forte que esta doença.
És um lutador ! FORÇA !
Obrigado pela força FSL Quanto à parte de ser um lutador já não tenho essa ideia de mim , e não é a insegurança a falar, há uma resiliência em mim sim, mas por vezes fico mais "parado" como que sem forças ou ânimo necessário, condições dum "lutador".
E admito que preciso de outros para me "inspirar", preciso de ver aqui e ali, em alguém, algo que me desperte, que me impele a criar, pode ser uma pequena coisa.
Tal como pode ser uma pequena coisa que me derruba.
Mas há que levantar de novo
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Parabéns e muita força... Já agora o nome do livro
mrbombas- Mensagens : 861
Reputação : 90
Data de inscrição : 31/07/2013
Idade : 41
Localização : Fátima
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Obrigado por teres partilhado a tua "história", com muitos pontos semelhantes com a minha e a de muitas outras pessoas neste forum. Parabéns pela tua força em continuar em frente ao encontro de uma maior estabilidade e não aceitar que tem que ser sempre assim.
Sim e temos sempre que tentar levantar-nos de novo...
Sim e temos sempre que tentar levantar-nos de novo...
Beli- Mensagens : 65
Reputação : 6
Data de inscrição : 07/07/2012
Localização : Lisboa
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
mrbombas escreveu:Já agora o nome do livro
o nome é "Um sentido"
http://www.wook.pt/ficha/um-sentido/a/id/10958875
(as fotos da capa e capa tb fui eu que desenhei)
A editora queria mudá-lo porque dá ideia de ser um livro daqueles esotéricos ou de auto-ajuda quando na verdade é um simples romance
Não mudei porque o titulo tem duplo sentido e lá por dentro faz sentido que assim seja
Beli escreveu:Obrigado por teres partilhado a tua "história", com muitos pontos semelhantes com a minha e a de muitas outras pessoas neste forum. Parabéns pela tua força em continuar em frente ao encontro de uma maior estabilidade e não aceitar que tem que ser sempre assim.
Sim e temos sempre que tentar levantar-nos de novo...
Obrigado Beli, pena seja que não conseguimos ver essa força nos momentos escuros, aí é que o trabalho é duro. Mas acho que faz parte
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Hugo, gosto da capa do teu livro, e vou comprar/ler porque do pouco que li sobre ti pareces uma pessoa com uma sensibilidade muito especial para a Vida e da forma que esse livro surgiu só pode ser algo interessante.
Gosto muito de ler.
E como estou num momento escuro, e como dizes o trabalho para vir ao cimo é muito duro, o livro sabendo como nasceu poderá ser também um sonho bonito para mim.
Gosto muito de ler.
E como estou num momento escuro, e como dizes o trabalho para vir ao cimo é muito duro, o livro sabendo como nasceu poderá ser também um sonho bonito para mim.
Beli- Mensagens : 65
Reputação : 6
Data de inscrição : 07/07/2012
Localização : Lisboa
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Boas pessoal,
Não querendo agoirar o que está para vir aqui ficam os meus resultados ao fim de pouco mais de 4 meses.
So far so good
Até agora eliminei um comprimido LEXOTAN 1,5mg
e reduzi a Paroxetina para 25% da dose que tinha
Aqui fica uma tabela da minha redução (atenção que isto não é regra, foi apenas o meu caso)
Fica a faltar eliminar o ADT 10
Em cada redução houve pequenas repercussões físicas e emocionais. Com tudo o que nos rodeia é difícil atribuir o que experimentamos em ambos os campos (físico e emocional) às reduções, se algumas coisas são óbvias outras nem tanto. Mas o importante é manter a determinação.
O que fiz?
Segui a abordagem que mencionei acima (as bolinhas de açúcar não segui bem à risca conforme prescrição, mas a parte do exercício e do trabalho de casa interior sim)
Resumindo:
É possível ir largando as drogas e recuperar muito do que se havia dado como perdido.
Sei que ainda posso cair, voltar atrás, perder todo este caminho, mas também sei que é possível ir reforçando aos poucos a estrutura.
Não tenho ilusões, o que tenho é memória do que já foi, e essa história é muito importante nas quedas, ensina-nos que acabam por passar e que nelas não vale a pena dar ouvidos ao turbilhão de pensamentos que nos assaltam, não há como ser racional nesses momentos.
Parece-me que o mais difícil e onde reside parte do segredo é mesmo no acreditar, seja em medicinas alternativas, seja em exercício, seja em alguém que nos consegue ver nisto, seja no que vos “puxar”.
Até já
Não querendo agoirar o que está para vir aqui ficam os meus resultados ao fim de pouco mais de 4 meses.
So far so good
Até agora eliminei um comprimido LEXOTAN 1,5mg
e reduzi a Paroxetina para 25% da dose que tinha
Aqui fica uma tabela da minha redução (atenção que isto não é regra, foi apenas o meu caso)
Fica a faltar eliminar o ADT 10
Em cada redução houve pequenas repercussões físicas e emocionais. Com tudo o que nos rodeia é difícil atribuir o que experimentamos em ambos os campos (físico e emocional) às reduções, se algumas coisas são óbvias outras nem tanto. Mas o importante é manter a determinação.
O que fiz?
Segui a abordagem que mencionei acima (as bolinhas de açúcar não segui bem à risca conforme prescrição, mas a parte do exercício e do trabalho de casa interior sim)
Resumindo:
É possível ir largando as drogas e recuperar muito do que se havia dado como perdido.
Sei que ainda posso cair, voltar atrás, perder todo este caminho, mas também sei que é possível ir reforçando aos poucos a estrutura.
Não tenho ilusões, o que tenho é memória do que já foi, e essa história é muito importante nas quedas, ensina-nos que acabam por passar e que nelas não vale a pena dar ouvidos ao turbilhão de pensamentos que nos assaltam, não há como ser racional nesses momentos.
Parece-me que o mais difícil e onde reside parte do segredo é mesmo no acreditar, seja em medicinas alternativas, seja em exercício, seja em alguém que nos consegue ver nisto, seja no que vos “puxar”.
Até já
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Olá Hugo!
Só hoje é que vi a tua história, que distraído que fui! Onde estava eu, pergunto a mim.
Gostei muito de ler e fiquei contente em saber um pouco mais de ti e a forma como tens enfrentado o problema. Parabéns pelas vitórias que tens alcançado e por arregaçares as mangas cada vez que o momento é menos bom. Tens tudo o que é necessário para a VITÓRIA ser completa.
Força Hugo, força!
Só hoje é que vi a tua história, que distraído que fui! Onde estava eu, pergunto a mim.
Gostei muito de ler e fiquei contente em saber um pouco mais de ti e a forma como tens enfrentado o problema. Parabéns pelas vitórias que tens alcançado e por arregaçares as mangas cada vez que o momento é menos bom. Tens tudo o que é necessário para a VITÓRIA ser completa.
Força Hugo, força!
Vitor- Moderador
- Mensagens : 894
Reputação : 85
Data de inscrição : 18/01/2012
Localização : Algarve
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Gostei da maneira como sistematizaste o desmame, muito bem !
Espero sinceramente que continues no bom caminho, é tão bom ver pessoas como nós a conseguir viver sem a muleta dos psicofármacos.
Parabéns e muita força !
Espero sinceramente que continues no bom caminho, é tão bom ver pessoas como nós a conseguir viver sem a muleta dos psicofármacos.
Parabéns e muita força !
FSL- Mensagens : 518
Reputação : 73
Data de inscrição : 05/07/2012
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Não quero agoirar, mas isso dos dias alternados pode não acabar bem. De resto, boa sorte no caminho
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Obrigado pelo feedback e opiniões pessoal
Brick escreveu:Não quero agoirar, mas isso dos dias alternados pode não acabar bem. De resto, boa sorte no caminho
Brick, vamos a ver como corre
Em relação aos dias alternados eu também pensei assim. Houve uma altura em que era para fazer 1/2 de paroxetina em dias alternados (na tabela, linha dos 23 dias), mas pensei que seria melhor fazer 1/4 diário em vez de 1/2 alternados, mantinha assim a dose mas equitativamente distribuída.
O médico depois disse-me te teria sido mais correcto ter feito o tal 1/2 alternado por causa da desabituação da droga, mas já que tinha corrido bem o 1/4 diário siga para a próxima redução.
Sinceramente fiquei sem saber qual a solução melhor, se é que a há
Não quero desvalorizar a pequena dose por ser 1/4 em dias alternados e depois ser apanhado de surpresa. Estou atento Até porque tenho a recordação do que foi.
Para já quero valorizar (e passar a ideia) que nenhum caminho é isento de quedas e retrocessos mas que é possível largar as drogas.
Vamos falando e avaliando
Obrigado
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Olá Hugo!
Já há muito que não lia nada teu por aqui, vai partilhando as tuas conquistas, porque bons exemplos como o teu, parecem-me fundamentais a quem frequenta o fórum.
Gosto da tua capacidade de crítica e de análise sobre ti mesmo, gosta da tua determinação sem descuidar o "poder voltar a cair"... mas gosto acima de tudo desta frase: "Parece-me que o mais difícil e onde reside parte do segredo é mesmo no acreditar, seja em medicinas alternativas, seja em exercício, seja em alguém que nos consegue ver nisto, seja no que vos “puxar”."
Já há muito que não lia nada teu por aqui, vai partilhando as tuas conquistas, porque bons exemplos como o teu, parecem-me fundamentais a quem frequenta o fórum.
Gosto da tua capacidade de crítica e de análise sobre ti mesmo, gosta da tua determinação sem descuidar o "poder voltar a cair"... mas gosto acima de tudo desta frase: "Parece-me que o mais difícil e onde reside parte do segredo é mesmo no acreditar, seja em medicinas alternativas, seja em exercício, seja em alguém que nos consegue ver nisto, seja no que vos “puxar”."
AnaRita- Mensagens : 192
Reputação : 27
Data de inscrição : 06/03/2014
Ensinamento(s)
Olá,
Sim, o fundamental é mesmo acreditar.
Se controlas os teus pensamentos, controlas a tua mente. Se controlas a tua mente, controlas a tua vida! Ousa ser!
"Nem mesmo o teu pior inimigo te pode fazer tanto dano como teus próprios pensamentos".
Buda
Sim, o fundamental é mesmo acreditar.
Se controlas os teus pensamentos, controlas a tua mente. Se controlas a tua mente, controlas a tua vida! Ousa ser!
"Nem mesmo o teu pior inimigo te pode fazer tanto dano como teus próprios pensamentos".
Buda
sereia_encantada- Mensagens : 65
Reputação : 5
Data de inscrição : 13/07/2014
Localização : Porto
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Olá Hugo. A homeopatia comigo teve muito resultado quando deixei de tomar a medicação Dormia pouco, tinha dores nas costas e sentia-me um pouco tonta e o meu homeopata ajudou-me muito. Para dormir o que também resultava comigo quando deixei a medicação era capsulas de melatonina, que ajudam a adormecer, vendem-se no celeiro e ervanárias.
Entretanto, aconteceram-me uma data de coisas e voltei a tomar medicação passados 8 meses :/ mas continuo com o meu homeopata para "disfarçar" os efeitos secundários.
Entretanto, aconteceram-me uma data de coisas e voltei a tomar medicação passados 8 meses :/ mas continuo com o meu homeopata para "disfarçar" os efeitos secundários.
Cat- Mensagens : 17
Reputação : 0
Data de inscrição : 10/07/2014
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Cat escreveu:Olá Hugo. A homeopatia comigo teve muito resultado quando deixei de tomar a medicação Dormia pouco
Obrigado pelo feedback Cat
Eu também acordo sempre todas as noites depois de hora e meia ou duas de sono, depois fico um pouco acordado e lá volto para a cama para acabar de dormir
Para já vou "atacar" uma coisa de cada vez, para já não me altera durante o dia, não ando ensonado. Se isto se mantiver depois de eliminar as drogas logo penso mais a sério
Cat escreveu:Entretanto, aconteceram-me uma data de coisas e voltei a tomar medicação passados 8 meses
Pois, ninguém é imune ao que acontece à volta, só quem não sente.
Espero que voltes a eliminar os químicos
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Obrigada, Hugo. Vou tentar manter tudo o que conquistei quando estive sem ser medicada. Fazia exercício, andava pela cidade de bicicleta. Praticava Yoga, tornei-me vegetariana e isso tudo fazia-me bem, trabalhava bem.
Toda a força do mundo!!
Toda a força do mundo!!
Cat- Mensagens : 17
Reputação : 0
Data de inscrição : 10/07/2014
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Ponto da situação:
Neste quadro estão as reduções que fui fazendo até Zerar o Lexotan e a Paroxetina
Estou há 18 dias com a Paroxetina a Zero
(mas já estava a uma dose baixa há mais uns tempinhos)
Nem tido tem sido linear, a cada redução houve sempre uma pequena quebra, e nesta última semana e pouco as mordidas da coisa têm sido um pouco mais fortes. Quer em sintomas físicos quer com algumas insónias mais fortes (refiro-me a demorar a adormecer depois de acordar, porque o acordar a meio da noite já há muito que é constante).
Até agora tudo tem sido tolerável, vale-me a história do que já foi que me educou nisto e a vontade de não querer por nada voltar aos químicos. Mas, e há sempre um mas, preocupa-me um pouco saber que há coisas que fogem sempre ao nosso controlo.
Adiante...
A ideia é aguentar a ver se isto das mordidas é a adaptação temporária do corpo à falta da droga, por muito pouca que fosse.
Para depois fica a faltar tirar aquele ADT10 à noite.
Alguém tem experiência no desmame do ADT10 que me saiba dizer se é fácil ou complicado tirá-lo?
Obrigado desde já pelas dicas
Neste quadro estão as reduções que fui fazendo até Zerar o Lexotan e a Paroxetina
Estou há 18 dias com a Paroxetina a Zero
(mas já estava a uma dose baixa há mais uns tempinhos)
Nem tido tem sido linear, a cada redução houve sempre uma pequena quebra, e nesta última semana e pouco as mordidas da coisa têm sido um pouco mais fortes. Quer em sintomas físicos quer com algumas insónias mais fortes (refiro-me a demorar a adormecer depois de acordar, porque o acordar a meio da noite já há muito que é constante).
Até agora tudo tem sido tolerável, vale-me a história do que já foi que me educou nisto e a vontade de não querer por nada voltar aos químicos. Mas, e há sempre um mas, preocupa-me um pouco saber que há coisas que fogem sempre ao nosso controlo.
Adiante...
A ideia é aguentar a ver se isto das mordidas é a adaptação temporária do corpo à falta da droga, por muito pouca que fosse.
Para depois fica a faltar tirar aquele ADT10 à noite.
Alguém tem experiência no desmame do ADT10 que me saiba dizer se é fácil ou complicado tirá-lo?
Obrigado desde já pelas dicas
HugoSousa- Mensagens : 120
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Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Não está nada mal para quem fez um desmame desses.
O adt pode estar a segurar o barco, assim sendo será o mais dificil de "zerar".
A técnica é a mesma, dia sim dia não e bota fora.
O adt pode estar a segurar o barco, assim sendo será o mais dificil de "zerar".
A técnica é a mesma, dia sim dia não e bota fora.
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Por vezes o mais difícil nos desmames não é ficar a zero, é aprender a viver sem a droga. Sem um trabalho constante e estar atento não é difícil voltar a "panicar".
Vitor- Moderador
- Mensagens : 894
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Data de inscrição : 18/01/2012
Localização : Algarve
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Brick escreveu:O adt pode estar a segurar o barco, assim sendo será o mais dificil de "zerar".
A técnica é a mesma, dia sim dia não e bota fora.
o mais difícil?
Vamos a ver com tempo, obrigado pela opinião
Vitor escreveu:Por vezes o mais difícil nos desmames não é ficar a zero, é aprender a viver sem a droga. Sem um trabalho constante e estar atento não é difícil voltar a "panicar".
Acho que tens toda a razão Vitor, preciso mesmo desse aprender.
Enquanto me lembrar do tempo perdido e das limitações sei que vou estar bem atento (não posso é confundir estar atento com estar com medo de)
Vou continuar o trabalho, e com ajuda de gente tonta é bem mais fácil acreditar
Obrigado e um abraço
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: a minha história nisto da ansiedade / ADT10 pergunta 11-ago
Olá Hugo,
Muitos Parabéns por teres já conseguido "zerar" dois medicamentos. Mais uma vitória que me deixa muito feliz e com um sorriso de alegria nos lábios. A vitória e superação de fases menos boas por outras pessoas por quem tenho respeito e apreço faz-me sentir uma alegria muito forte, muito semelhante ao que eu sinto quando isso acontece a mim própria.
E tu és uma pessoa muito especial, que conheci neste forum e mesmo sem nos conhecermos pessoalmente, ofereceste-me uma ajuda que me tocou de uma forma especial, quando atravessei aquela fase muito má da minha vida há uns meses atrás.
Vai com calma e retira o ADT 10, com calma, e penso que o Vitor tem toda a razão, depois há que aprender a viver sem quimicos e tenho a certeza de que não vais confundir nunca "estar atento" com "medo de".
Um forte abraço
Muitos Parabéns por teres já conseguido "zerar" dois medicamentos. Mais uma vitória que me deixa muito feliz e com um sorriso de alegria nos lábios. A vitória e superação de fases menos boas por outras pessoas por quem tenho respeito e apreço faz-me sentir uma alegria muito forte, muito semelhante ao que eu sinto quando isso acontece a mim própria.
E tu és uma pessoa muito especial, que conheci neste forum e mesmo sem nos conhecermos pessoalmente, ofereceste-me uma ajuda que me tocou de uma forma especial, quando atravessei aquela fase muito má da minha vida há uns meses atrás.
Vai com calma e retira o ADT 10, com calma, e penso que o Vitor tem toda a razão, depois há que aprender a viver sem quimicos e tenho a certeza de que não vais confundir nunca "estar atento" com "medo de".
Um forte abraço
Beli- Mensagens : 65
Reputação : 6
Data de inscrição : 07/07/2012
Localização : Lisboa
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