Psicologia e Psiquiatria
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Mensagem por Liliana Sáb Set 29 2018, 02:19

Aos 30 anos, você tem uma depressãozinha, uma tristeza meio persistente: prescreve-se FLUOXETINA.

A Fluoxetina dificulta seu sono. Então, prescreve-se CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. Volta ao doutor.

Ele nota que você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA.

A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda. Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da “batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, prescreve-lhe LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia.

Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito. Como o doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um “Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento!

Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica. Você começa a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam), pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL + DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.

Os sintomas somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está embaixo dos pés.

Para o doutor da medicina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL, escolha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça, palpitação, vermelhidão e coriza. Não há problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você tomar antes do sexo. Se precisar, instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.

Quando tudo parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar com o dentista. Nessa mesma época, outra constatação: sua memória está falhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.

Nos exames de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde(?!).

Aos 40 e poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL, POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL, VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam), GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de ser saudável!). Mil reais por mês! E sem saúde!!!

Entretanto, você ainda continua deprimido, cansado e engordando. O doutor, de novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”). Porém, outro contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde. Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melhora, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada!

Vou parar por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde.

Essa história termina com uma situação cada vez mais comum: a DERROCADA EM BLOCO da sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer. Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado.

Sem grana, triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e... DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!).

A indústria farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença (ou à doença plantada passo-a-passo em sua vida).

Dr. Carlos Bayma
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Mensagem por Coelho Sáb Set 29 2018, 15:08

Liliana,

Penso que já falei antes que toda a doença é curada em primeira instância de dentro para fora e não de fora para dentro.

Apesar de não estar de acordo com o texto repleto de congeminações incompatíveis com as boas práticas médicas, pois a doença nem sempre decorre de anteriores tratamentos, deixe-me dizer-lhe que na verdade, o ser humano tende, numa evolução biológica normal, mesmo assim, dirigir-se para o caos. Ou seja, ir entrando em falência orgânica sucessivamente.

Ainda que nas doenças mentais (excluindo as degenerativas do SNC), o entorno e a sociedade tenham uma influencia muito grande, devemos aceitar que a intervenção psiquiátrica com suporte farmacológico, tem como objectivo mitigar um pouco mais rapidamente os sintomas e, mesmo, regular o funcionamento dos desequilíbrios neurológicos, mais especificamente em termos de neurotransmissores.

Não é possível hoje curar uma esquizofrenia com psicanálise. Você não consegue sequer comunicar com o paciente.

Por outro lado, parece que está na moda a diabolização da psicofarmacologia, é altura de questionar o que faríamos nós sem os medicamentos. Talvez seja bom recuar um bom bocado no tempo e percorrer os hospícios da Idade Média. Será assim que os contestatários da farmacologia querem resolver as questões da saúde mental???

O leque que a psicoterapia abrange no seu acto de reorganizar a personalidade doente, não é assim tão vasto e muito menos acessível ao comum dos mortais. Sabe também como eu que é demasiado caro enveredar por uma análise... que pode levar até anos a descobrir a verdadeira causa de uma simples fobia.

Dito isto, e não tendo em conta o texto desse tal Dr C. Bayma (???), o ideal seria sim a psicofarmacologia aliada à psicoterapia. Como não há psicoterapia em meio hospitalar ... o povo vai ficando a tomar as suas drogas que, infelizmente, a maioria das vezes são tão mal receitadas.

Sejamos pois racionais e razoáveis nas nossas afirmações ou opiniões publicadas.

Cordialmente
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Mensagem por Convidado Sáb Set 29 2018, 15:40

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Mensagem por Coelho Sáb Set 29 2018, 19:48

Amiga Liliana se me permite,

- O problema é quando os fármacos são receitados de forma inconsciente, acabando por eles mesmo provocar vários problemas, pois nenhum fármaco está livre de provocar outros problemas (efeitos secundários) -




Um profissional da área médica só receitará um fármaco de forma inconsciente se não tiver a cabeça no lugar. Nenhum médico receita um antidepressivo para tratar uma pneumonia ou vice-versa.

É claro que todos sabemos que os efeitos secundários existem, assim como existem reacções alérgicas aos fármacos. Mas, aqui a questão é outra.

Um fármaco nunca entra no mercado sem passar a fase IV nos testes laboratoriais in vitro e in vivo. Há uma janela de segurança para os mesmos. Depois ainda temos que um fármaco não é para tomar toda a vida. Toma e, quando melhora, pára. É assim que um bom clínico deve fazer aos seus pacientes. "Tudo é veneno, nada é veneno. Depende da dose".

Sei que existe um movimento conspiratório contra a industria farmacêutica, no entanto hoje é impossível viver sem ela. Há sem dúvida aspectos negativos. Há corruptos, há capitalismo malévolo por detrás da industria farmacêutica... mas há também um lado bom.

É neste que eu acredito, é este que pratico, é este que eu defendo.
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Mensagem por Convidado Sáb Set 29 2018, 21:54

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Mensagem por Gustavo B Sáb Set 29 2018, 23:42

Nem fiz muita questão de ler os comentários que postaram aqui e tal, mas eu digo uma coisa: a indústria de fármacos é bem suja.

Exemplo?
www_nytimes_com/2004/06/27/us/medical-marketing-treatment-incentive-doctor-writes-prescription-drug-company.html

Eles gostam de vender e ganhar dinheiro, assim como qualquer indústria no mundo gosta. Levaram ao avanço de inúmeros tratamentos patológicos e tal mas a verdade é que há muita sujeira por baixo do tapete.
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