Ajuda

Boas a todos.
A minha mulher foi diagnosticado uma depressão aguda já fez algumas  alterações na medicação porque não se sentia bem na ultima ida ao hospital foi-lhe diagnosticado também a doença bipolar (Maníaco-Depressiva) e agora não quer fazer a medicação eu já não sei mais o que fazer pois estou esgotado e não aguento mais o pior é que temos um menino com 3 anos e sinto que isto o esta a afretar ate da maneira como ela lida com ele não sei o que posso fazer mais ... alguém tem uma sugestão?
Obrigado.

Olá fpnoz.

Por favor, responda:
- Sabe qual foi a razão para ela ficar neste estado depressivo?
- Que medicação ela toma?

Por enquanto é só.

Espero ajudar.

algum tempo após o parto disse que não se sentia bem eu disse que era melhor ir ao medico não quis juntando 2 anos sem conseguir arranjar trabalho para a depressão esta a tomar mirtazapina alter 15mg,( que nao toma ) para a bipolar esta a tomar elontril 300mg ( toma quando se lembra)

caro amigo, força na resolução, para mim que estou fora da situação, internamento compulsivo.

isto pode pedir no centro de saúde, alegando que não tem condições para tratar dela e da criança, principalmente se ela não tomar a medicação prescrita.

vai doer mas antes que fiquem os dois muito doentes e a criança também com mazelas, penso ser a melhor coisa a fazer.

acredito que ao ler isto não seja do que estava à espera, se conversando não dá, tem que ser desta forma, pois será sempre uma situação com final nada feliz se assim continuar...

fale com o médico, tente encontrar alternativas para a chamar à razão.

se não der, força, ela vai ficar zangada, mas quando melhorar vai agradecer e muito.

É uma situação muito complicada.

Já tentaste diluir a medicação em água? Pode ser que ela assim tome sem que ela saiba. Eu sei que é um pouco injusto e um acto traidor, mas o que quer é o bem da sua mulher, certo?
mrbombas, acho que seja um pouco arriscado internar a senhora, não só pela filha que tem a cargo(que, claro, está a sofrer com esta situação), mas também por ser um internamento compulsivo - tudo o que é compulsivo é contra a vontade, ou seja, o doente pode pensar que a família é um horror. Porém, se não houver alternativa (veja sempre isto com o médico mais próximo - de família ou psiquiatra, como referiu o mrbombas), prossigam para o internamento. Lá eles sabem tratar de problemas desses e piores.

Dá notícias. Um resto de um bom dia.

A mirtazapina ate é um ad quase inofensivo, nem faz bem nem mal, mas pode ter efeitos placebo positivos. Se ela não se ajudar, como pode ser ajudada, é um caso de facto dificil.

também contactei a ADEB eles disseram para marcar uma consulta para fazer uma avaliação social e clínica mas continua o problema como convencê-la a ir la comigo... complicado.

Ela aceita o facto de estar doente?

Apenas me diz "o que queres que faça" depois diz que tem tomado os remédios e eu vejo que nao a caixa esta como veio da farmacia

Já estive na posição dela e a minha mulher na tua. Como ultrapassei esta situação? dizendo que ia melhorar, mesmo assim todas as semanas a minha mulher dizia que fazia as malas e ia embora. Por acaso melhorei e está tudo bem, mas se não tivesse melhorado, estaria sozinho.

É possível melhorar sem fazer a medicação?

Claro que sim, basta dar uma leitura a este forum. Agora é preciso fazer algo, exercicio, meditação, esquecer o passado, mudar a alimentação, mais proteína e menos carboidratos.

A cura passa por aqui, mas pode demorar algum tempo.

se ainda consegues falar com ela, tenta mostrar-lhe o fórum...

olá

olha quando li seu post revi.me um pouco

o meu bipolar tambem foi diagnosticado na sequencia de uma depressão pos parto, e a minha filha esta tambem com 3 anos. ( a unica que tenho)

so que eu procurei ajuda logo (como se tivesse sido brevemente) quando a minha filha tinha 1 ano e picos...

as dificuldades profissionais e economicas , para uma mulher que acabou de ser mãe, são sempre muito avassaladoras, porque (pelo menos na minha opinião) a mulher se sente muito mais responsavel pela vida dos filhos do que um pai (posso estar enganada e peço desculpa se estou a ferir susceptibilidades)  e como estamos habituadas a fazer muita coisa ao mesmo tempo, quando nos sentimos fracas (porque a maternidade nos esgota completamente por muito que não o queiramos assumir) sem trabalho e com muito mais dificuldade em encontrar trabalho sabendo que será dificil porque poucos patroes querem empregadas com bebes... acreditem que nos vamos mesmo muito abaixo

depois vem a parte pior, Reconhcer...

para uma recente mãe é quase um atestado de incompetencia assumir que estamos doentes e não temos capacidade para tratar dos nossos filhos ( falo por mim) contra tudo e todos eu assumi uma postura de continuar a ir em frente , sempre e sempre, ate que um dia ..
pufff
caixa de comprimidos goela abaixo
graças a deus a coisa correu pelo melhor e valeu pelo menos para eu reconhecer que estava mal e começar a tratar-me

internamento compulsivo? acho que de pouco adianta, vai resolver 15 dias, quando voltar para casa, pode ficar revoltada contigo e ainda
agravar mais o estado de depressão, acredita que quando temos uma depressão o pior a fazer é tratarem-nos como se fossemos mentalmente incapazes, e pedir um internamento é declarar que a pessoa não tem capacidade para cuidar de si propria

Obviamente se fosse um caso extremo, poderia ser uma opção; mas segundo o que percebi, pode andar deprimida, mas não teve nenhuma atitude perigosa para com ela ou para com o filho, ou atitudes que indiquem que de futuro o possa fazer , se tal acontecesse, ou principalmente se tivesse atitudes que punham em risco o filho isso faria sentido ( agora estar deprimida e não ter vontade de fazer o jantar ou dar banho a criança, não são alegações de negligencia, é para isso que a criança tem pai e mãe, só no caso de ser mãe solteira é que situação poderia ser de real negligencia)

tenta falar com ela, expoe-lhe o teu ponto de vista, apoia-a, com carinho e compreensão, e tenta de maneira delicada que tome a medicação, podes por exemplo de manhã ao pequeno almoço dares-lhe a lamela para a mão e ficares a olhar até que ela tome, pode parecer infantil, mas pode ser que resulte.

Eu não tive nem esse apoio nem essa compreensão quanto mais carinho, mas se tivesse tido, tenho a certeza que tinha sido muito mais facil...

Força e calma

Obrigado a todos pela ajuda ate ao momento, mais çarinho e impossivel quando nem na Mao posso tocar dialgo entao não recebo nenhuma resposta só diz que a querem encher de comprimidos... Com muita tristesa minha estou a pensar esta semana vou arrumar as minhas coisas mais as do meu menino e vamos embora ...

diz-lhe que psicólogos não dão comprimidos...

E como ela vai ficar, então? Parece que não teve uma vida em conjunto com ela...

Não podemos julgar o desespero de alguém que decide sair da sua casa porque não aguenta mais, tanto o próprio sofrimento quanto o do cônjuge...

Mas se houver ainda um relacionamento afectuoso entre ambos, penso que a separação será muito complicada, principalmente para o doente. Obviamente que o fpnoz sofre com esta situação e compreendo perfeitamente a decisão dele. Até pela retirada do filho com o pai!

Penso que uma relação amorosa tenha tanto valor como um laço familiar, não é assim tão simples desatar o nó.

Só receio pelo futuro do doente, nada mais. Mas se não houver esta relação, não há volta a dar... Não há hipótese.

o egoísmo por vezes nem se aplica a estas situações, muito pelo contrário, está a defender o que acha que ainda consegue, a criança...

Eu concordo plenamente consigo. Defender ainda o que importa. Se a relação ainda importar, porque não? Mas se o fpnoz não tiver volta a dar, penso que sim, será uma solução muito possível e real.

Depois da nossa saída e uma grande conversa regressamos ela disse que ia tomar os comprimidos mas que se ia embora já não gostava de mim e...já andava a falar que se mata ... e etc neste momento já vai na segunda dose a força e com uma consulta marcada na adeb para dia 4.
Agora gostaria de saber se alguém me pode informar como nem sempre posso estar presente devido ao trabalho como posso notar se a toma esta a ser feita? há alguma maneira?

Isso não consegues saber, ou os toma na presença de alguém ou não tem como saber, até que pelo que vejo deve ter alguma psicose com outras coisas associadas...
Internamento compulsivo está fora de questão?

Como faço para fazer o internamento ?

Acho que passa pela médica de família se for internamento público, se for privado é quando e como quiser.