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Medo de deixar a medicação (Elontril 300mg)
4 participantes
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Medo de deixar a medicação (Elontril 300mg)
Olá a todos e a todas. Apesar de só me ter registado agora, já há muito que vos leio.
Há já mais de um ano que me coloquei nas mãos da psiquiatria para resolver um problema de ansiedade relacionado com os exames da faculdade. Sempre na altura dos exames sentia um enorme medo de falhar o que me colocava ansioso e me consumia todas as forças.
Comecei com Venlafaxina 75mg que deu logo os seus efeitos positivos, recarregando-me de energias e deixando-me com uma perspetiva mais positiva e desenrascada, não me deixando afundar em pensamentos e problematizações inúteis e em espirais depressivas em torno do meu desempenho académico. O meu estado clínico por essa altura seria algo como uma depressão ligeira sazonal.
Após algum tempo, pouco menos que um ano, comecei a sentir-me algo artificializado pela Venlafaxina. Ter fumado canabis nesse período também não ajudou, punha-me muito em baixo se a usava com frequência. O sexo também sofria os seus problemas. Quis deixar as drogas mas o meu psiquiatra viu isso com muito maus olhos e decidiu dar-me uma alternativa, o mágico Elontril 300mg.
O meu médico sugeriu que pelo menos até terminar o mestrado fizesse a medicação, e depois disso teria tempo para desmames (este proximo ano letivo será o último).
Não sei muito bem porquê, após 6 meses de Elontril, em mais uma das suas consultas, decidiu sugerir que eu deixasse a medicação ou reduzisse. Eu optei pela redução.
A realidade é que me sinto muito bem, bem disposto, ativo e motivado para as tarefas curriculares e extra curriculares, comecei a praticar exercício (o que me tem dado muito prazer), toda uma sensação de espontaneidade. Ou estou mesmo muito melhor ou o Elontril é fantástico! Agora que vai começar o ano letivo e vou reduzir a dose (e provavelmente deixar depois de umas duas caixas) tenho um medo imenso de voltar ao meu estado anterior e deitar tudo por água abaixo de novo, medo de deixar outra vez de querer sair da cama e de enfrentar as tarefas diárias como grandes fardos.
Estarei viciado psicologicamente na medicação? Devo procurar psicoterapia agora que já não tenho bengala química? Agora que vem aí imenso trabalho não sei se consigo passar por um desmame sem que isso me traga consequências negativas e possivelmente prejudique compromissos que assumi. Não é estranho que quando eu queria deixar a medicação o meu médico insistiu para eu continuar, e agora que estou bem com ela sugere que eu deixe? Teria sido mais sensato fazê-lo no período de férias...
Alguém já passou pelo mesmo? Foi incapacitante?
Cumprimentos
Há já mais de um ano que me coloquei nas mãos da psiquiatria para resolver um problema de ansiedade relacionado com os exames da faculdade. Sempre na altura dos exames sentia um enorme medo de falhar o que me colocava ansioso e me consumia todas as forças.
Comecei com Venlafaxina 75mg que deu logo os seus efeitos positivos, recarregando-me de energias e deixando-me com uma perspetiva mais positiva e desenrascada, não me deixando afundar em pensamentos e problematizações inúteis e em espirais depressivas em torno do meu desempenho académico. O meu estado clínico por essa altura seria algo como uma depressão ligeira sazonal.
Após algum tempo, pouco menos que um ano, comecei a sentir-me algo artificializado pela Venlafaxina. Ter fumado canabis nesse período também não ajudou, punha-me muito em baixo se a usava com frequência. O sexo também sofria os seus problemas. Quis deixar as drogas mas o meu psiquiatra viu isso com muito maus olhos e decidiu dar-me uma alternativa, o mágico Elontril 300mg.
O meu médico sugeriu que pelo menos até terminar o mestrado fizesse a medicação, e depois disso teria tempo para desmames (este proximo ano letivo será o último).
Não sei muito bem porquê, após 6 meses de Elontril, em mais uma das suas consultas, decidiu sugerir que eu deixasse a medicação ou reduzisse. Eu optei pela redução.
A realidade é que me sinto muito bem, bem disposto, ativo e motivado para as tarefas curriculares e extra curriculares, comecei a praticar exercício (o que me tem dado muito prazer), toda uma sensação de espontaneidade. Ou estou mesmo muito melhor ou o Elontril é fantástico! Agora que vai começar o ano letivo e vou reduzir a dose (e provavelmente deixar depois de umas duas caixas) tenho um medo imenso de voltar ao meu estado anterior e deitar tudo por água abaixo de novo, medo de deixar outra vez de querer sair da cama e de enfrentar as tarefas diárias como grandes fardos.
Estarei viciado psicologicamente na medicação? Devo procurar psicoterapia agora que já não tenho bengala química? Agora que vem aí imenso trabalho não sei se consigo passar por um desmame sem que isso me traga consequências negativas e possivelmente prejudique compromissos que assumi. Não é estranho que quando eu queria deixar a medicação o meu médico insistiu para eu continuar, e agora que estou bem com ela sugere que eu deixe? Teria sido mais sensato fazê-lo no período de férias...
Alguém já passou pelo mesmo? Foi incapacitante?
Cumprimentos
Última edição por zezzito em Ter Ago 26 2014, 14:44, editado 1 vez(es)
zezzito- Mensagens : 2
Reputação : 0
Data de inscrição : 25/08/2014
Re: Medo de deixar a medicação (Elontril 300mg)
O exercício faz maravilhas nestas coisas
Se te sentes melhor podes tentar a redução.
A vantagem que tens agora em relação ao que te aconteceu antes que te levou à medicação é que já sabes que é ultrapassável, essa noção da tua "história" dá-te bagagem para enfrentar situações parecidas que comecem a aflorar.
Quanto a reduções no tempo de férias não sei se só por esse facto seriam mais benéficas, pois é uma época atípica, será melhor reduzires numa altura em que terás confiança que estás a reduzir bem e não por efeito das férias.
É apenas a minha opinião, espera para ouvir a malta entendida nesse tipo de medicamentos que falas.
Se te sentes melhor podes tentar a redução.
A vantagem que tens agora em relação ao que te aconteceu antes que te levou à medicação é que já sabes que é ultrapassável, essa noção da tua "história" dá-te bagagem para enfrentar situações parecidas que comecem a aflorar.
Quanto a reduções no tempo de férias não sei se só por esse facto seriam mais benéficas, pois é uma época atípica, será melhor reduzires numa altura em que terás confiança que estás a reduzir bem e não por efeito das férias.
É apenas a minha opinião, espera para ouvir a malta entendida nesse tipo de medicamentos que falas.
HugoSousa- Mensagens : 120
Reputação : 22
Data de inscrição : 28/03/2014
Localização : Oeiras
Re: Medo de deixar a medicação (Elontril 300mg)
Bom dia zezzito.
A minha esposa fez um desmame de elontril de uma dose diária de 450 mg (300mg de manhã e 150 mg almoço) sem problemas e efeitos secundários chatos, da minha experiência de acompanhamento da depressão não me parece um medicamento complicado de desmamar desde que feito lentamente para precaver sintomas de privação.
Boa sorte.
Cumprimentos
A minha esposa fez um desmame de elontril de uma dose diária de 450 mg (300mg de manhã e 150 mg almoço) sem problemas e efeitos secundários chatos, da minha experiência de acompanhamento da depressão não me parece um medicamento complicado de desmamar desde que feito lentamente para precaver sintomas de privação.
Boa sorte.
Cumprimentos
pagaias- Mensagens : 4
Reputação : 0
Data de inscrição : 04/08/2014
Re: Medo de deixar a medicação (Elontril 300mg)
faz as coisas nas calmas, descontraído, esquece o desmame nas férias, tal como disseram, após as férias será sempre melhor.
a psicoterapia será o teu maior aliado nesta altura, já o seria quando foste a psiquiatria, pois se passou tudo e ficaste maravilhosamente bom apenas com a venlafaxina, a terapia teria o mesmo efeito, muitas vezes os comprimidos são um género de companhia para nós...
a psicoterapia será o teu maior aliado nesta altura, já o seria quando foste a psiquiatria, pois se passou tudo e ficaste maravilhosamente bom apenas com a venlafaxina, a terapia teria o mesmo efeito, muitas vezes os comprimidos são um género de companhia para nós...
mrbombas- Mensagens : 861
Reputação : 90
Data de inscrição : 31/07/2013
Idade : 41
Localização : Fátima
Re: Medo de deixar a medicação (Elontril 300mg)
Obrigado a todos e a todas.
Sim, o melhor será mesmo levar tudo nas calmas e não problematizar a situação. A energia que sinto agora será atingida sem comprimidos se conseguir estar bem e desbloqueado, exigirá talvez é mais esforço da minha parte. Tentarei não ceder à tentação de sucumbir aos 'problemas' habituais, que no fundo são uma ficção.
Quanto à psicoterapia, eu inicialmente fi-la, não comecei a medicação 'a seco'. Fiz durante alguns meses mas sob a forma de psicodrama, que nada tem a ver com cognitivo-comportamental e outras correntes. Acabei por desistir, e falei com o meu médico sobre isso, porque não sentia que fosse para mim a melhor forma de abordar os meus problemas. Não desqualifico a técnica em si, mas talvez não fosse o momento certo, ou o terapeuta certo, ou o grupo certo. Acabava às vezes por interiorizar os problemas dos outros e raramente me sentia plenamente ouvido... Gostava de tentar outra abordagem, mais 'a dois'.
A verdade é que fiquei sem o meu seguro de saúde devido à minha idade e agora terei que o fazer no público. Como se conseguem consultas de especialidade no SNS? Através do médico de família? Não temos a mínima possibilidade de seleção do terapeuta? Existem bons terapeutas nos HUC ou Hospital Sobral Cid? Tenho muitas reticencias quanto à competência de certos terapeutas terem uma real compreensão acerca dos seus utentes...
Mais uma vez obrigado a todo pelas palavras tranquilizantes e sinceras.
Sim, o melhor será mesmo levar tudo nas calmas e não problematizar a situação. A energia que sinto agora será atingida sem comprimidos se conseguir estar bem e desbloqueado, exigirá talvez é mais esforço da minha parte. Tentarei não ceder à tentação de sucumbir aos 'problemas' habituais, que no fundo são uma ficção.
Quanto à psicoterapia, eu inicialmente fi-la, não comecei a medicação 'a seco'. Fiz durante alguns meses mas sob a forma de psicodrama, que nada tem a ver com cognitivo-comportamental e outras correntes. Acabei por desistir, e falei com o meu médico sobre isso, porque não sentia que fosse para mim a melhor forma de abordar os meus problemas. Não desqualifico a técnica em si, mas talvez não fosse o momento certo, ou o terapeuta certo, ou o grupo certo. Acabava às vezes por interiorizar os problemas dos outros e raramente me sentia plenamente ouvido... Gostava de tentar outra abordagem, mais 'a dois'.
A verdade é que fiquei sem o meu seguro de saúde devido à minha idade e agora terei que o fazer no público. Como se conseguem consultas de especialidade no SNS? Através do médico de família? Não temos a mínima possibilidade de seleção do terapeuta? Existem bons terapeutas nos HUC ou Hospital Sobral Cid? Tenho muitas reticencias quanto à competência de certos terapeutas terem uma real compreensão acerca dos seus utentes...
Mais uma vez obrigado a todo pelas palavras tranquilizantes e sinceras.
zezzito- Mensagens : 2
Reputação : 0
Data de inscrição : 25/08/2014
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