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Distorções Cognitivas

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distorçoes cognitivas - Distorções Cognitivas Empty Distorções Cognitivas

Mensagem por mrbombas Sex Ago 16 2013, 10:27

Filtragem. Focamo-nos nos detalhes negativos e aumentamo-los enquanto filtramos todos os aspectos positivos de uma situação. Por exemplo, uma pessoa pode escolher um detalhe único, desagradável, focando-se exclusivamente nele. sendo que a sua visão da realidade torna-se distorcida.

Pensamento polarizado. As coisas são “preto ou branco”. Temos que ser perfeitos ou seremos uns falhados, não há meio termo. Você coloca as pessoas ou situações em categorias (ou desta ou daquela), sem tons de cinza. Se o desempenho fica um pouco aquém do ideal, você vê-se como um fracassado total.

Generalização. Chegamos a uma conclusão geral baseada num único incidente ou elemento de prova. Se algo de ruim acontece uma vez, esperamos que aconteça mais vezes. Uma pessoa pode ver um único evento desagradável como um padrão de derrota sem fim.

Tirar conclusões precipitadas. Sem que as pessoas nos informem, nós julgamos saber o que elas estão sentindo e porque agem de determinada forma e quais as razões que suportam isso. Mais especificamente, somos capazes de determinar como as pessoas estão se sentindo em relação a nós. Por exemplo, uma pessoa pode antecipar que as coisas vão sair mal, convencendo-se de que a sua previsão já é um fato estabelecido.

Catastrofização. Esperamos que a catástrofe aconteça, independentemente da razão. Isto também é conhecido como “ampliação ou minimização.” Ouvimos falar de um problema e usamos a questão do tipo: “E se…” (ex.: “E se a tragédia acontecer?”E se isso acontece comigo? “). Por exemplo, uma pessoa pode exagerar a importância de eventos insignificantes (como o seu erro, ou o desempenho de alguém). Ou podem negligenciar/reduzir de forma inadequada a magnitude dos eventos significativos, até que pareçam muito pequenos (por exemplo, as qualidades desejadas de uma pessoa ou as imperfeições de alguém).

Personalização. Pensamos que tudo o que as pessoas fazem ou dizem está relacionado a nós. A pessoa usa demasiado a comparação com os outros, tentando determinar quem é mais inteligente, mais bonito, etc.  Uma pessoa vê-se como a causa de alguns eventos externos indesejáveis dos quais não é responsável. Por exemplo, “Nós chegámos atrasados ​​para o jantar o que fez com que o anfitrião coze-se demasiado a refeição. Se eu tivesse apressado o meu marido, tínhamos saído a tempo, e isto não teria acontecido”.

Falácias de controlo. Se nos sentimos controlados externamente, nós vemo-nos como uma vítima impotente do destino. Por exemplo, “eu não posso fazer nada se a qualidade do trabalho é pobre, meu chefe pediu que eu fizesse  trabalho extraordinário.” A falácia do controle interno faz-nos assumir a responsabilidade do mal-estar ou da felicidade de todos ao nosso redor. Por exemplo, “Porque é que você não está feliz? É por causa de algo que eu fiz? “

Falácia da justiça. Nós sentimo-nos ressentidos porque achamos que sabemos o que é a justiça ou o que é justo, mas as outras pessoas normalmente não concordam connosco. Como nossos pais nos dizem: “A vida é sempre justo”, e as pessoas que passam a vida a aplicação de uma régua de medição contra a julgar cada situação a sua “justiça”, muitas vezes, se sente mal e negativo por causa disso.

Culpa. Por vezes atribuímos às outras pessoas a responsabilidade da nossa  dor, ou então dirigimos a culpa dos problemas para nós mesmos. Por exemplo, dizemos coisas do tipo: “Pare de fazer-me sentir mal comigo mesmo!” Ninguém pode “fazer-nos” sentir de uma determinada forma. Isso é uma ilusão criada por nós mesmos, que funciona como proteção. Apenas nós mesmos temos controlo (ou não) sobre as nossas emoções e reações emocionais.

Os “deverias”. Muitos de nós temos uma lista de regras rígidas sobre os outros e acerca da forma como devemos comportar-nos. As pessoas que quebrarem essas regras fazem zangar-nos, e também sentimo-nos culpados quando nós violamos essas regras. Por vezes podemos acreditar que estamos tentando motivar-nos com os “deves”  e “não deves”, como se tivéssemos de ser punidos antes de podermos fazer qualquer coisa. Por exemplo, “Eu realmente devia fazer atividade física. Eu não deveria ser tão preguiçoso.” Obrigações e deveres também podem ser considerados ofensivos. A consequência emocional é o sentimento de culpa. Quando um de nós dirigimos afirmações de dever em relação aos outros, muitas vezes sentem raiva, frustração e ressentimento, e o mesmo pode acontecer quando dirigimos esse tipo de afirmações a nós mesmos.

O raciocínio emocional. Acreditamos que aquilo que sentimos deve ser automaticamente verdade . Se nos sentirmos estúpidos e aborrecidos, então temos de ser estúpidos e enfadonhos. Você assume que as suas emoções não saudáveis ​​refletem coisas que realmente são: “Eu sinto isto, por isso deve ser verdade.”

Falácia da mudança. Esperamos que as outras pessoas mudem para se adequarem a nós se fizermos pressão ou as convencermos o suficiente. Precisamos de mudar as pessoas, porque as nossas esperanças de felicidade parecem depender inteiramente delas.

Etiquetagem generalizada. Generalizamos uma ou duas qualidades num julgamento negativo global. Estas são formas extremas de generalizar, e também são referidos como “rotulagem”. Ao invés de descrever um erro no contexto de uma situação específica, uma pessoa irá anexar um rótulo prejudicial para si mesmo. Por exemplo, podemos dizer: “Eu sou um perdedor”  numa situação em que falhei numa tarefa específica. Ou, quando o comportamento de outra pessoa não foi o mais correto, podemos anexar um rótulo desfavorável acerca dessa pessoa, como “Ele é um idiota.” A rotulagem envolve a descrição de um evento com uma linguagem que é muito colorido e emocionalmente carregada. Por exemplo, em vez de alguém dizer que deixa as crianças na creche todos os dias, uma pessoa gosta de rotular, diria que “ela abandona os seus filhos a estranhos.”

Estar sempre certo. Estamos constantemente a tentar provar que as nossas opiniões e ações são corretas. Estar errado é impensável e faremos o que for necessário para demonstrar que estamos certos. Por exemplo, “Eu não me importo o quão mal te sentes quando discutes comigo, eu vou ganhar este argumento não importando o quê, porque eu estou certo.” Estar certo (para a pessoa que usa esta distorção cognitiva), muitas vezes é mais importante que os sentimentos dos outros, mesmo com os seus ente queridos.



COMO MUDAR AS DISTORÇÕES COGNITIVAS?
As distorções cognitivas têm uma maneira muito subtil e própria de interferir com as nossas vidas. Esse tipo de pensamentos desadequados e maléficos podem ser mudados e grande parte eliminados, mas é preciso esforço e muita prática todos os dias.

Se você quer parar o com este tipo de pensamento irracional e disfuncional,  apresento uma proposta com alguns exercícios que pode praticar:

Identificar as distorções cognitivas. Crie uma lista dos seus pensamentos incómodos e examine-os mais tarde à luz da lista de distorções cognitivas apresentadas anteriormente. Um exame das suas distorções cognitivas irá permitir-lhe ver as suas distorções mais utilizadas. Além disso, este processo vai permitir-lhe pensar sobre o seu problema ou situação de forma mais natural e realista.

Examinar as provas. Uma análise aprofundada de uma experiência que tenha vivido recentemente poderá  permitir-lhe identificar a base dos seus pensamentos distorcidos. Se for muito auto-crítico, então, deverá identificar uma série de experiências e situações em que foi bem sucedido.

Método do duplo padrão. Uma alternativa à auto-verbalização (método utilizado para guiarmos o nosso pensamento), é falar para si mesmo, de forma compassiva e solidária tal como iria conversar com um amigo numa situação semelhante à que enfrenta.

Pensar em tons de cinza e/ou com cor. Deixe de pensar sobre o seu problema ou situação difícil de forma polarizada (preto ou branco) ou seja, deve avaliar as coisas numa escala de 0-100. Quando um plano ou uma meta não é plenamente alcançado, deve pensar e avaliar a experiência como um sucesso parcial. Deve tentar  quantificar num valor (numa escala de 0-100). E não necessariamente certo/errado, ou Sucesso/insucesso, ou bem/mal.

Método de Pesquisa. Procure saber a opinião dos outros sobre se os seus pensamentos e atitudes são realistas. Se acredita que a sua ansiedade sobre um acontecimento é injustificada, verifique com alguns amigos ou familiares de confiança se esse sentimento é justificável e como eles lidariam com ele.

Definições. O que significa  definir-se a si mesmo como “inferior”, “um perdedor”, “tolo” ou “anormal “. A   análise mais cuidada destes e de outros rótulos globais provavelmente irá revelar que eles representam comportamentos específicos, ou um comportamento padrão identificável, ao invés de você mesmo na sua totalidade. Por outras palavras, esses rótulos têm certamente muito mais a ver com comportamentos e pensamentos inadequados que tem e que segue do que propriamente a ver consigo enquanto pessoa.

Re-atribuição. Muitas vezes, nós responsabilizamo-nos automaticamente pelos problemas e dificuldades que experimentamos. Você deve  identificar os fatores externos e outros indivíduos que contribuíram para o problema. Independentemente do grau de responsabilidade que assumimos, a nossa energia é mais utilizada na busca de resoluções para os problemas ou na identificação maneiras de lidar com as situações difíceis.

Análise Custo-Benefício. É útil listar as vantagens e desvantagens dos sentimentos, pensamentos e comportamentos. Uma análise de custo-benefício ajudará a determinar o que você pode ganhar pelo facto de estar a sentir-se mal, com pensamentos distorcidos, e comportamentos não desejados ou inadequados.
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Mensagem por Kity Sex Ago 16 2013, 12:12

Obrigada mrbombas! Smile
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Mensagem por mrbombas Sex Ago 16 2013, 16:24

agora mais completo Very Happy Very Happy 

ERROS COGNITIVOS COMUNS1
A Terapia Cognitiva e Comportamental considera estarem os
pensamentos conscientes vinculados às emoções e comportamentos. Esses
pensamentos podem ser classificados em reflexivos e automáticos. Os
reflexivos são mais lentos, profundos e demandam esforço mental. Os
automáticos são mais rápidos e surgem espontaneamente, de acordo com
cada situação. Por estarem associados a um raciocínio superficial, estes
últimos tem chance maior de apresentar erros de lógica. Denominados
Pensamentos Automáticos Disfuncionais, eles são processados por Distorções
Cognitivas de lógica e resultam geralmente em sofrimento emocional ou
prejuízo comportamental. As distorções freqüentemente encontradas na
Terapia Cognitivo-Comportamental são:
PERSONALIZAÇÃO
1. Definição
Assumir-se como responsável por alguma situação externa quando na
verdade são outros os fatores responsáveis. Considerar-se
fundamentalmente responsável por eventos que não dão certo, mesmo
se estando além do seu controle. O desempenho negativo também
resultaria em um aumento da atenção sobre si.
2. Exemplos
“Sou o responsável por meu partido ter perdido”; “Ele está distante, devo
ter feito algo de errado”; “A relação amorosa foi ruim porque meu pinto é
pequeno”; “Trago azar para as pessoas”; “Porque fui grosseiro em casa,
meu time está perdendo”; “Está chato porque não sei falar nada de
interessante”; ou “O jantar não deu certo porque não recepcionei direito
os convidados”
3. Correção
Determinar os prováveis fatores que concorreram para as más
experiências. Determinar critérios para estabelecer quando a pessoa é o
foco de atenção.
2
PENSAMENTO DICOTÔMICO OU POLARIZAÇÃO
1. Definição
Perceber as experiências pessoais em apenas duas categorias
extremas e excludentes. Perceber as situações em termos absolutos.
Branco ou preto. Oito ou oitenta. Perfeito ou totalmente inválido. Tudo ou
nada.
2. Exemplos
“Meu desempenho não foi perfeito, devo ser um fracasso total”; “Meu
apetite é totalmente descontrolado”; “Deu tudo errado na festa”;
“Ninguém gosta de mim”; “Se eu não tirar sempre nota máxima, serei um
fracasso”; “Não tenho ninguém, estou completamente sozinho”; “Meu pai
não acredita na minha capacidade”; “Ninguém me dá valor”; “Já estou
fazendo porcaria de novo”; “Ou faço a dieta rigorosamente ou é a
mesma coisa de que não fazer nada”; “Não consegui deixar de fumar um
cigarro depois desse cafezinho, vou comprar uma carteira para fumar
ela inteira”; “Não terei futuro se não aproveitar todas as oportunidades
que aparecerem” ou “Se algo não for perfeito será uma perda de tempo
total”.
3. Correção
Demonstrar que os eventos podem ser avaliados ao longo de uma linha
de continuidade. Cometer um erro não é a mesma coisa que falhar
completamente.
ADIVINHAÇÃO DO FUTURO OU PROFECIA AUTO-REALIZANTE
1. Definição
Prever como certo um evento negativo projetado no futuro, sem
evidências concretas que o justifiquem. O indivíduo comporta-se e reage
como se sua expectativa negativa sobre o futuro já fosse um fato
estabelecido da realidade.
2. Exemplos
“Quando virem que jogo mal, todos rirão de mim”; “Ninguém vai dar
atenção para mim na festa”; “Vou ficar sozinha”; “Tive um problema no
emprego, já não vou conseguir dormir direito esta noite”; “Sem dar uns
goles antes não vou conseguir curtir aquela festa”; “Não vai dar certo”;
“Ela não vai me perdoar”; “Agora só vou conseguir sair na rua com
3
remédio”; “Não vou conseguir resistir aos doces na festa”; “Eu sei, ele
vai me trair” ou “Nunca mais vou conseguir outro emprego”.
3. Correção
Especificar os fatores que poderiam influenciar resultados diferentes
para os eventos. Preparar-se com antecedência.
INFERÊNCIA ARBITRÁRIA OU LEITURA MENTAL
1. Definição
Chegar a uma conclusão sem evidências adequadas ou apesar de
evidências em contrário. Pensar, sem evidências, que sabe o que os
outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses também
possíveis.
2. Exemplos
“Ela não gosta mais de mim”; “Ele não gostou de meu projeto”; “Ela está
me achando inoportuno”; “Ele está me desprezando porque percebeu
que tomo remédio para depressão”; “Não estou agradando”; “Eles
pensam que sou um chato”; “Eu sei que ela pensa que eu sou um
idiota”; “Ela acha o meu pinto pequeno”; ou “Eles estão escondendo algo
de mim”
3. Correção
Examinar as evidências que corroboram e as que são contrárias à
conclusão
ABSTRAÇÃO SELETIVA, FILTRO MENTAL OU VISÃO EM TÚNEL
1. Definição
Um aspecto de uma situação complexa é foco da atenção, enquanto
outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Considerar
válidos para uma conclusão apenas a parcela negativa dos dados, que é
realçada e lidar então exclusivamente com ela. Independente da
proporção e importância relativa das mesmas. Uma maçã podre estraga
todo o saco.
4
2. Exemplos
“Ela não é uma boa filha, pois não lava a louça depois do jantar”; “Ele
não gosta de mim, porque não quer me levar no cinema”; “Aquela nota
cinco arruinou meu currículo”; “Não tenho vergonha na cara, só eu que
não consegui parar de fumar”; “Eu trabalho direito, mas o que importa se
meus pais não me respeitam”; “Existe algo de muito errado comigo”;
“Sou muito novo para tomar um antidepressivo”; “Estou sem namorada,
nada na vida tem valor” ou “Eu estou gorda, sou uma pessoa horrível”.
3. Correção
Gerar mais conclusões baseando-se na totalidade dos dados
disponíveis
DESCONSIDERAÇÃO DOS ELEMENTOS POSITIVOS
1. Definição
A pessoa rejeita as informações positivas sobre si mesma ou uma
situação.
2. Exemplos
“Isso não quer dizer nada, todas as mães fazem o mesmo”; “Não fiz
nada de mais, todos os outros também conseguiram notas boas”; “Fui
convidado só porque ela teve pena de mim”; “Só dormi por uma hora
ontem à noite”; “Não foi nada de especial, qualquer um poderia fazer o
que fiz” “Ter emagrecido somente essas gramas não significa nada, só
ficarei feliz quando atingir meu peso ideal”; “Eu tenho um ótimo
emprego, mas isso não tem nada de mais” ou “Ele disse isso só para me
agradar”
3. Correção
Comparar como seria a avaliação de outra pessoa que estivesse em
uma situação semelhante. Todas as atitudes positivas merecem ser
elogiadas
5
RACIOCÍNIO EMOCIONAL OU EMOCIONALIZAÇÃO
1. Definição
Presumir que sentimentos são fatos. Pensar que algo é verdadeiro
porque tem uma emoção muito forte a respeito. A pessoa assume que
as emoções negativas necessariamente refletem as coisas como elas
são
2. Exemplos
“Estou com muito medo, por isso deve ser realmente perigoso”; “Estou
sem esperança, o meu relacionamento não deve ter saída”; “Não
consigo relaxar os nervos, eles não vão gostar do meu discurso”; “Algo
terrível está para acontecer”; “Eu sinto que ela não gosta mais de mim”
ou “Sinto que meus colegas riem às minhas costas”
3. Correção
Exploração objetiva da realidade
MAGNIFICAÇÃO E MINIMIZAÇÃO
1. Definição
Características e experiências negativas são maximizadas enquanto as
positivas são minimizadas. Supervalorizar ou desvalorizar a importância
de um atributo pessoal, evento ou uma possibilidade futura. Se algo
puder dar errado é o que fatalmente vai acontecer.
2. Exemplos
“As dificuldades para conseguir um novo emprego são insuperáveis”;
“Se eu não tiver alguém a minha vida vai ficar sem sentido”; “Essa tosse
seca significa que estou morrendo de pneumonia”; “Para que algo ter
valor meus pais precisam aprovar”; “Um drink a mais não vai me fazer
mal algum”; “Foi apenas um sonho”; “Não tenho mais problema com a
cocaína, então não vai fazer mal eu dar uma cheirada uma vez ou
outra”; “Isso é inadmissível”; “Não tem graça fazer qualquer coisa
sozinho”; “Não vou suportar os efeitos colaterais” ou “Não tenho
condições de ir à prefeitura desacompanhado”
3. Correção
6
Relacionar o atributo, evento ou possibilidade futura com seus
contextos. Foco sobre as evidências de que o pior realmente ocorrerá.
Cálculo de probabilidades
ROTULAÇÃO
1. Definição
Avaliação global de uma pessoa ou situação através de estereótipos e
desconsiderando as características específicas de cada caso. Colocar
um rótulo global e rígido em alguém ou situação ao invés de avaliá-los
como um todo.
2. Exemplos
“Ele tem um defeito de caráter”; “Sou covarde”; “Me alimento como uma
porca”; “Ele é louco”; “Hoje eu tive um dia péssimo, agora mereço dar
um gole”; “Sou incapaz”; “Meu filho é um preguiçoso”; “Sou muito
homem para precisar de ajuda”; “Ele é burro”; “Sou fria”; “Não tem jeito,
ele é um caso perdido” ou “Ele é esquisito”
3. Correção
Análise semântica do significado dos termos empregados
IMPERATIVO OU DECLARAÇÃO DE OBRIGATORIEDADE (PODER, DEVER
E PRECISAR)
1. Definição
Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, ao invés
de focar em como as elas são. Demandas feitas sobre si, os outros e
situações por não aceitar as conseqüências do não cumprimento das
mesmas. A pessoa tenta se motivar, controlar um comportamento ou
motivar mudança de comportamento através de afirmações absolutistas
como se tivesse de ser açoitada e punida antes que esperar que faça
algo por si mesma.
2. Exemplos
“Eu não podia estar sentada aqui, devia estar fazendo faxina”; “Só deve
ficar em casa quem estiver doente”; “O certo é poder dormir sempre oito
horas por noite”; “Preciso da aprovação de meus pais”; “Uma boa mãe
não deve jamais bater no seu filho”; “Todos os erros precisam ser
7
castigados”; “Um pai que se preze não pode ser dominado por seus
filhos”; “Não posso falhar”; “Devo me esforçar ao máximo em tudo o que
faço”; “Eu tenho que ter controle sobre tudo”; “Eu não posso
desobedecer à vontade de minha mãe”; “Os erros são imperdoáveis”;
“Uma traição jamais pode ser perdoada”; “Uma boa esposa não deve
contrariar seu marido”; “Não posso ofender, tenho que respeitar a
opinião dos mais velhos”; “Uma noite de sono saudável não pode durar
menos do que oito horas”; “Uma mulher independente não deve aceitar
as ordens de seu marido” ou “Para ser feliz, necessito da aceitação de
todos”
3. Correção
Solicitar ao paciente que defina a validade de seu pressuposto e
fundamente porque isso é tão importante para si
CATASTROFIZAÇÃO
1. Definição
Acreditar que o que ocorreu ou que pode acontecer será terrível,
intolerável ou insuportável
2. Exemplos
“Perder o emprego será o fim de minha carreira”; “Eu não suportarei a
separação de minha mulher”; “Devido ao meu problema de insônia a
minha saúde está seriamente comprometida”; “Se eu perder o controle
será o meu fim”; “Vou ficar dependente”; “Vou morrer se não tiver
ninguém para me ajudar”; “Vai dar caca”; “O que será de mim se
desmaiar” ou “Eu não sobreviverei se tiver que ser tratado em um
hospital”
3. Correção
Focar sobre recursos de enfrentamento disponíveis para o pior cenário.
Avaliar os eventos em perspectiva.
HIPERGENERALIZAÇÃO OU SUPERGENERALIZAÇÃO
1. Definição
Se for verdade em um caso, aplica-se a todos os casos, mesmo que
levemente similar. Se uma vez for verdade no passado, será sempre
8
assim. A pessoa enxerga um único evento negativo como um padrão de
derrota que nunca vai terminar. Um raio nunca para de cair no mesmo
lugar
2. Exemplos
“Para mim nada nunca dá certo”; “Nunca mais vou me casar”; “Eu nunca
termino o que começo”; “Eu jamais vou conseguir deixar de fumar”;
“Nunca mais alguém vai querer ficar comigo”; “Não dormi bem ontem,
minha insônia vai durar para sempre” ou “Nunca mais conseguir um
emprego bom como este”
3. Correção
Estabelecimento de critérios de semelhanças e diferenças entre os
casos.
EPÍLOGO
Principalmente na ausência de contexto, as distorções parecem
gradações de cinza sobre um mesmo tema. Na verdade, isso dificulta e
aumenta a amplitude dos impactos negativos nas vidas das pessoas. Se achar
o tema interessante, você pode colaborar enviando exemplos de Distorções
Cognitivas de seu conhecimento.
Autor: Salmo Zugman
1. Beck, Aaron T. Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. New York: Meridian, 1979
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Mensagem por Kity Sex Ago 16 2013, 17:08

Obrigada! Smile
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